Fernando Frazão/Agência Brasil

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) investiga, até a tarde desta quarta-feira (4/3), sete casos suspeitos de infecção humana pelo novo coronavírus (COVID-19) em Curitiba, dois deles são novos.

Dois dos sete casos divulgados pela SMS na última terça-feira (3/3), foram descartados por exames laboratoriais. Ambas mulheres uma de 25 anos, outra de 51 anos com histórico de estadia recente na França. Os outros cinco seguem aguardando resultado de exames.

Novos casos
Os novos casos são duas mulheres, uma de 25 anos com histórico de viagem para a Itália, país com grande circulação da doença, ela foi atendida em serviço da rede privada. A outra mulher tem 62 anos e esteve em viagem recente para Itália e Alemanha, país que também já confirmou a circulação da doença, após o início dos sintomas ela foi atendida em uma unidade de saúde de Curitiba.

As sete pessoas seguem em isolamento domiciliar voluntário enquanto aguardam o resultado dos exames. Em apenas um dos casos, o homem de 42 anos, houve necessidade de internamento por infecção pulmonar, mas ele já recebeu alta.

A médica infectologista da SMS, Marion Burger explica que o internamento só é indicado para casos com complicações, como por exemplo, infecção pulmonar. Mas ela alerta que é essencial manter o isolamento domiciliar, quando indicado.

“Enquanto aguardam o resultado é importante que as pessoas sigam as orientações. Mesmo que a infecção não seja pelo coronavírus, a medida evita a contaminação de outras pessoas e auxilia no processo de recuperação”, orienta Marion.

Os pacientes de casos suspeitos são monitorados diariamente por telefone para acompanhamento da evolução do quadro de saúde.

A secretaria solicita ainda que eles informem a relação das pessoas com quem tiveram contato próximo desde o início dos sintomas. Elas também serão monitoradas.

Perguntas e respostas sobre o coronavírus

Sintomas
Segundo o diretor do Centro de Epidemiologia da SMS. Alcides Oliveira os sintomas da infecção pelo do novo coronavírus podem parecer como os de uma gripe ou resfriado, o que dificulta o diagnóstico, por isso, é importante que quem esteve em viagem recente para regiões com circulação deste novo vírus confirmada (veja abaixo), procure um serviço de saúde e comunique aos profissionais de saúde.

“Em caso de suspeita, o paciente deve procurar a sua unidade de saúde ou uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), na rede municipal de saúde; ou um pronto atendimento, na rede particular”, orienta.

“Informar a possibilidade de exposição ao novo vírus é fundamental para a avaliação do caso, uma vez que são sintomas semelhantes a outras doenças respiratórias”, complementa Oliveira.

Definição de caso suspeito
A infecção respiratória é causada por um novo vírus, portanto o comportamento e evolução dos casos está sob constante monitoramento das autoridades nacionais e internacionais de saúde.

Até o momento são considerados casos suspeitos pessoas com febre acompanhada de sintomas respiratórios – febre, tosse, coriza, dor de garganta, dor no corpo, dor de cabeça, dificuldade para respirar -, associados a histórico de viagem nos últimos 14 dias antes do início dos sintomas para área com transmissão local, de acordo com o Ministério de Saúde.

Atualmente na lista de viagens recentes para considerar casos suspeitos estão os seguintes países: China, Austrália, Coréia do Sul, Coréia do Norte, Camboja, Filipinas, Japão, Malásia, Vietnã, Singapura, Tailândia, Itália, Alemanha, França, Iran e Emirados Árabes Unidos.