Franklin de Freitas – “Maria Lucia Dal Santo: corrida ajuda na qualidade de vida”

A cada ano que passa, a corrida de rua se firma como um dos esportes favoritos do público curitibano. Com adeptos de todas as idades, a modalidade conta atualmente  com mais de 48 mil praticantes na cidade, e isso considerando apenas os corredores cadastrados junto à Secretaria Municipal do Esporte, Lazer e Juventude (Smelj), que neste ano registrou a realização de uma corrida a quatro dias na Capital, em média.
De acordo com Daniel Waleski, coordenador do Projeto de Corridas de Rua de Curitiba, comandado pela Smelj, até o final deste ano a Capital terá recebido 87 eventos de corrida de rua, considerando-se as corridas particulares e as organizadas pela própria secretaria (e caso nenhum dos eventos marcados para os próximos meses não venha a ser cancelado. Para 2019, a expectativa é “engordar” ainda mais esse calendário, com praticamente um evento a cada três dias.
“O número de eventos tem aumentado bastante e o de corredores também tem acompanhado esse aumento. Quando abrimos as inscrições para o circuito adulto, em duas horas já está tudo fechado, de tão grande que é a procura. Fazemos quatro etapas durante o ano e em cada uma delas atendemos 6 mil corredores”, exemplifica Waleski.
Ainda segundo o coordenador do Projeto de Corridas de Rua, até o final de julho, contando eventos da Smelj e outros particulares, foram atendidos em Curitiba 66,5 mil corredores. “Isso em sete meses”, destaca.

“Só vou parar quando não tiver mais condições”
Entre os apaixonados pela corrida em Curitiba está Maria Lucia Dal Santo. Há 11 anos ela começou a correr incentivada pelo marido, Admir, e por estar buscando qualidade de vida. Nunca mais parou e hoje participa de pelo menos uma prova por mês, sempre de 10 quilômetros. Por conta da paixão pelo esporte, já visitou cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Florianópolis. Para 2020, seu objetivo é correr a maratona de Berlim, na Alemanha.
“Você tem de estar bem focado e ter uma logística muito boa para dar conta, porque é um desafio conciliar trabalho/treino/academia/família. Mas hoje a corrida faz parte da minha vida. Só vou parar quando não tiver mais condições de saúde para correr. Se puder, corro até os 100 anos!”, conta ela, que relata ainda não se importar mais com competição ou tempo de prova. “Me basta o prazer de correr”, diz a curitibana.

Todas as idades são contempladas
Democrático, a corrida de rua atrai esportistas de praticamente todas as idades. Prova disso é que o Circuito Adulto de Corridas de Rua 2018, promovido pela Smelj, conta com pelo menos 70 corredores com idade acima de 60 anos entre os homens, enquanto entre as mulheres o número passa de 40 corredoras idosas. Mas o que tem chamado mesmo a atenção nos últimos tempos é o crescimento do circuito infantil de corridas.
“Funciona da mesma forma que o adulto, com quatro etapas durante o ano. A diferença é que realizamos as corridas em locais fechados, até para ter mais segurança para as crianças. Em cada etapa, atendenmos em torno de 1,3 mil corredores. Depois de abertas as inscrições, em dois ou três dias já esgota”, comenta Daniel Waleski, convidando os jovens com idade de 7 a 17 anois a participarem (as categorias são definidas de acordo com a idade do corredor).

Calendário de provas de 2019 será definido nesta semana
Na próxima quinta-feira, a Comissão de Avaliação de Eventos de Esporte e Lazer (Caeel) irá realizar uma reunião para definir o calendário de corridas de 2019 para Curitiba. As empresas interessadas em promover eventos esportivos devem estar cadastradas junto à Smelj e devem estar em situação regular junto à Prefeitura (o edital pode ser obtido por meio de solicitação via e-mail para [email protected]).
Daniel Waleski, coordenador do Projeto de Corridas de Rua de Curitiba, revela estar trabalhando com a possibilidade de 120 datas para eventos no próximo ano, o que representaria um incremento de 37,9% na comparação com o número de corridas realizadas neste ano. “Acreditamos que vamos fechar em torno de 100 eventos, um pouco mais”, comenta.