Uma curitibana conseguiu na Justiça Estadual do Paraná o direito de cultivar e manusear maconha medicinal para uso próprio contra sintomas causados por um tumor benigno no cérebro. A decisão é do fim de junho. As informações são do Paraná TV – 1ª Edição Curitiba.

A doença se manifestou em 2010 causando restrições a mobilidade, visão, fortes dores de cabeça, fraqueza muscular profunda, perda de consciência, espasmos musculares e alterações hormonais. O tratamento convencional causou uma série de efeitos colaterais e progressiva ineficiência das doses. Por isso, ela decidiu buscar tratamentos alternativos. Com o consentimento de seus médicos, passou a utilizar o óleo de cannabis como apoio à terapia que já estava em curso.

Ela relata que houve uma melhora imediata, principalmente na parte de espasmos musculares e de sono. A planta utilizada no óleo é rica em canabidiol (CDB), substância com efeito anti-inflamatório, analgésico e neuroprotetor, e não tem tetra-hidrocarbinol (THC) — ou seja, não há efeitos alucinógenos. Ela conta que, pouco depois, conseguiu autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para importação do óleo de maconha pronto, mas o custo da importação era muito alto.

Conforme a decisão, deve-se seguir rigorosamente um método aprovado por técnicos e pelo juiz responsável — entre outros cuidados, há o limite de cultivo de até 1 metro quadrado da planta. A produção do óleo é feita artesanalmente pela própria paciente, na casa dela, com o uso de uma panela comum de cozinha e os devidos cuidados de luz e adubo.