Rodolfo Luis Kowalski

Quando é chegado o momento de adquirir a casa própria, sendo um imóvel usado, a preferência dos curitibanos é por imóveis mais antigos. Dados levantados pelo Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar), integrante do Sistema Secovi-PR, sobre o mercado de imóveis usados na capital paranaense nos últimos 12 meses – de junho de 2021 a maio de 2022 – apontaram que aproximadamente 46% das vendas na cidade no período foram de construções com mais de 16 anos.

Imóveis na faixa de 11 a 15 anos responderam por 13,3% das aquisições, enquanto 19,9% dos compradores preferiram imóveis com idades entre 6 e 10 anos. Já construções com até 5 anos foram a escolha de 20,8% dos novos proprietários.

“Tradicionalmente, imóveis mais antigos têm plantas maiores, o que é considerado um diferencial para os compradores, mesmo que eventualmente reformas sejam necessárias. Além disso, há um bom custo-benefício, pois como as taxas de juros ainda estão atrativas, é possível realizar financiamentos interessantes”, comenta o vice-presidente de comercialização imobiliária do Secovi, Josué de Souza.

A comercialização de imóveis antigos também foi beneficiada pela nova Lei de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo de Curitiba, que prevê a priorização do uso habitacional na Zona Central da cidade como estímulo à revitalização do centro tradicional, com estímulos à requalificação de prédios antigos.

Vendas recentes – O Centro, aliás, foi o bairro mais procurado para a compra de imóveis residenciais usados em maio de 2022, respondendo por 9% do volume de negociações realizadas no período, de acordo com o Inpespar. Em seguida, vieram CIC (7%), Sítio Cercado (4,1%) e Uberaba (4,1%).

“Para terrenos, as vendas se concentraram no Jardim das Américas, com 21,4%, Bairro Alto e Seminário, com 14,3% cada. São bairros costumeiramente procurados para a construção de sobrados, ainda que em localidades como o Batel o lançamento de prédios esteja crescendo e deva se intensificar nos próximos anos”, comenta o presidente do Inpespar, Luciano Tomazini.

Em maio deste ano, os imóveis residenciais usados que tiveram maior nível de comercialização foram os apartamentos, que responderam por 52% dos negócios realizados, sendo eles: dois dormitórios (27,5%), três dormitórios (24,5%) e um dormitório (10,6%).