O final de ano se aproxima, finalmente. Época de reunir os parentes, confraternizar com os colegas de trabalho, trocar presentes e renovar as esperanças por um ano melhor. Mas para que a parte boa das festas aconteçam, é preciso também lidar com uma série de obrigações, realizar uma série de tarefas. É programação de Natal, compra de presentes, shoppings lotados, festas diversas, viagem de final de ano, planejamento para o ano que está por vir.

Com tanta coisa acontecendo e num ritmo tão intenso, acaba sendo até natural que alguns problemas de saúde acabem se manifestando nessa época, sendo que muitos dos problemas estão relacionados, como se numa espécie de cadeia.

Por exemplo, uma pesquisa feita pela Isma-BR, associação voltada para o estudo do estresse, identificou que, no Brasil, 80% dois cidadãos relatam noptar um aumento no nível de estresse no final do ano, sendo que, em média, o indice de estresse sobe 75%.

Estresse em alta, porém, não significa apenas fadiga física e/ou mental, mas pode também representar uma ameaça ao coração.

Uma pesquisa da Universidade de Melbourne, na Austrália, identificou que o risco de infarto cresce 4% durante os feriados de final de ano, em comparação com o resto do ano. E isso estaria relacionado a dois fatores principais.

Um deles são as obrigações e tarefas já citadas, que podem contribuir para elevar a pressão arterial e agravar fatores de risco para doenças cardíacas. É comum ouvir, inclusive, em depressão nessa época do ano, dado o nível de esgotamento e apreens~~ao das pessoas.

Já o outro fator diz respeito à alimentação e ao consumo abusivo de álcool nessa época do ano. Por isso, exageros, tanto na hora de comer como na hora de beber, devem ser evitados.

Além disso, é importante o alerta de que alimentos mal condicionados ou manipulados sem o cuidado necessário podem ser fontes de doenças.

Com relação ao álcool, a recomendação é consumir com moderação e sempre se mantendo hidratado, tomando água com regularidade. A desidratação, inclusive, é a principal causa da famigerada ressaca.

Por fim, temos os acidentes de trânsito. Com o movimento maior nas estradas, todo mundo pegando a serra para curtir uns dias (ou semanas) na praia, também aumenta os números de acidentes e de mortes no trânsito.

Nesse caso, a recomendação é simples: respeitar as regras do trânsito. De acordo com o Observatório de Segurança Viária, 90% dos acidentes são relacionados ao comportamento do motorista e poderiam ser evitados com um pouco mais de educação e atenção ao volante.

Os problemas de final de ano

Acidentes de trânsito
No Paraná, a média de mortes em acidentes de trânsito é de 235,18 por mês ao longo do ano. Quando chega dezembro, porém, a estatística salta para 251,2 óbitos, um aumento de 6,81%. Os dados são do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde.

Problemas estomacais e intestinais
Quanto a problemas como diarréia e gastrite, a média de internações em dezembro, no Paraná, fica até abaixo da média no restante do ano (1.065 contra 1.105). Isso, talvez, porque grande parte dos reflexos surjam no mês seguinte: em janeiro, a média de internações é de 1.366, crescimento de 23,6% na comparação com a média mensal, se considerado os dados para o ano inteiro.

Álcool
Entre 2013 e 2017, a média mensal de internações por problemas relacionados ao consumo de álcool foi de 445,92. Em dezembro, curiosamente, os números até chegam a ser menores do que na média: 390,8. Em janeiro, porém, batem recorde: 482,4 internações por mês, alta de 8,2% na comparação com a média mensal citada.

Problemas cardíacos
Uma pesquisa feita na Austrália demonstrou que as mortes por infarto aumentar cerca de 4% durante os feriados de final de ano, em comparação com o resto do ano.No Paraná, são mais de 400 mortes por infarto no último mês do ano. Isso se relaciona a uma série de fatores, como a má alimentação, consumo excessivo de álcool e maior nível de estresse acumulado.

Alimentação
Com tantas festas, tantas confraternizações, a comilança acaba sendo quase que inevitável. E aí vem o risco de ganhar uns quilinhos a mais. e até de piorar a qualidade de sua saúde: o LDL, chamado de “mau colesterol”, aumenta em até 20% com os excessos nas festas de fim de ano, segundo pesquisa da Universidade de Copenhague. Importante, portanto, manter a rotina de exercícios ou retomá-la passado o período de festas.

Estresse e ansiedade
A Isma-BR (Internacional Stress Management Association – Brasil), fez uma pesquisa com 678 pessoas no Brasil e 80% afirmaram que o nível de estresse aumenta no último mês do ano. Em média, o índice de estresse sobe 75%. Alguns dos sintomas de alerta são dores de cabeça tensional e no corpo, pressão arterial mais elevada, ansiedade, angústia e preocupações, problemas gastrointestinais e taquicardia, e o uso excessivo de drogas lícitas ou ilícitas.