Franklin de Freitas – Tito de Paula: aumento de 100%

O prazo para os partidos realizarem as convenções que oficializariam os candidatos a prefeito e vereador nas eleições deste ano terminou no último dia 16, mas a demora das legendas em apresentares os pedidos de registro dos concorrentes está preocupando a Justiça Eleitoral. Até ontem, apenas pouco mais de 9 mil candidatos haviam sido registrados no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE/PR), de um universo estimado em cerca de 30 mil concorrentes que devem disputar o pleito deste ano no Estado. O prazo oficial termina no próximo sábado, mas o TRE está preocupado com o risco de um “congestionamento” na reta final.

O desembargador Tito Campos de Paula, faz um apelo para que os partidos não deixem o registro para o último dia. “A nossa expectativa é de um aumento de quase 100% no número de candidaturas por causa do fim das coligações nas eleições proporcionais. Pedimos que os partidos façam os registros com antecedência para evitar problemas, porque neste ano pela primeira vez temos um sistema novo centralizado no Tribunal Superior Eleitoral, que em 2016 recebeu 500 mil registros”, lembrou o magistrado. “O Paraná sempre foi exemplo no processo eleitoral, que sejamos novamente”, afirmou o presidente do TRE.

Perfil

Em todo o País, a previsão é de que 700 mil candidatos disputem as eleições deste ano. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) registrou até sábado mais de 55 mil pedidos de candidatura para concorrer aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador. Seguindo a tradição brasileira, os homens são maioria na disputa, representando 66,9% dos pedidos, enquanto as mulheres 33,1%. A faixa etária predominante é de pessoas entre 40 anos e 44 anos de idade e mais da metade se declararam casados 53,1%.

Brancos e pardos estão em maior número entre os postulantes a uma vaga eletiva municipal, 53,61% e 33,94%, respectivamente, seguidos de pretos, 10,4%. Amarelos e indígenas não chegam a 1% dos registros até agora. Em relação ao grau escolaridade, a plataforma aponta que 37,56% têm ensino médio completo, na sequência vem os que têm nível superior completo, 26,3% , fundamental incompleto, 12,4%, fundamental completo, 11,74%, superior incompleto, 4,83%, ensino médio incompleto, 4,68%. Os que declararam que apenas leem e escrevem somavam 2,48%.

A maioria dos candidatos não se encaixou em nenhuma das ocupações mais frequentes listadas pela Justiça Eleitoral e marcou “outros” nessa opção.