SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Departamento de Justiça dos Estados Unidos investiga a Tesla pelas declarações feitas pelo presidente executivo da empresa, Elon Musk, no mês passado, informou a Bloomberg nesta terça-feira (18). A investigação criminal está em andamento junto a um inquérito civil da SEC (a comissão de valores mobiliários e câmbio dos Estados Unidos).

No início de agosto, Musk escreveu em sua conta no Twitter que pretendia fechar o capital da montadora de carros elétricos assim que as ações da companhia chegassem a US$ 420 (R$ 1.737,25).

Segundo ele, o financiamento para a compra dos papéis estaria garantido. A SEC abriu um inquérito para investigar a garantia dada pelo executivo.

De acordo com a Bloomberg, a investigação criminal está em seus estágios iniciais e podem levar meses. 

As ações da Tesla reverteram os ganhos e caíram até 4,4%, para US$ 282 (R$ 1.166,44). As ações caíram 3,04%, para US$ 285,99 (R$ 1.182,94 ), às 13h30, em Nova York, e caíram cerca de 7,7% este ano.

Empresas com ações na Bolsa são proibidas por lei nos Estados Unidos de anunciar a compra ou a venda de títulos se os executivos não pretendem fazer isso, pois a intenção pode ser uma tentativa de manipular dos preços das ações.

No mesmo dia do tuíte do executivo, as ações chegaram a subir 11%. Depois do episódio, Musk afirmou que manteria a companhia aberta. 

A Tesla não respondeu para a Bloomberg imediatamente. 

Antes do tuíte polêmico, a companhia já era investigada por declarações enganosas sobre metas de fabricação e vendas de modelos de carros equivocadas.