BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – No pedido para que o ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), reconsidere sua decisão anterior e prenda Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), ex-assessor da Presidência, o procurador-geral, Rodrigo Janot, o qualifica como um “verdadeiro longa manus” do presidente Michel Temer. A expressão em latim designa alguém que executa tarefas a mando de um terceiro.

Rocha Loures foi filmado correndo em São Paulo com uma mala com R$ 500 mil, entregue pela JBS, após ter sido indicado por Temer para tratar de interesses da empresa em conversa com um de seus donos, Joesley Batista. “Vale ressaltar que o envolvimento de Rodrigo Santos da Rocha Loures nos fatos relativos ao inquérito […] se deu na condição de homem de “total confiança” — verdadeiro longa manus— do Presidente da República Michel Miguel Elias Temes Lulia”, escreveu a Procuradoria Geral.

O novo pedido de prisão foi feito nesta quinta-feira (1°), após Rocha Loures perder a imunidade como parlamentar. Ele era suplente do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), que reassumiu sua vaga na Câmara após ser retirado do Ministério da Justiça. “Ante ao exposto, o Procurador Geral da República reitera o pleito de reconsideração parcial [da decisão anterior] para que seja decretada desde logo, mediante decisão monocrática, a prisão preventiva do investigado Rodrigo Rocha Loures”, pediu Janot. De acordo com a Procuradoria, Fachin concordou, na decisão anterior que manteve Rocha Loures solto, que o caso era de prisão, devido a sua gravidade, mas considerou que ele gozava de imunidade parlamentar.