A greve dos caminhoneiros autônomos, que hoje entra no quinto dia, já provoca desabastecimento e risco para diversos setores, entre eles a saúde. Ontem, a Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado do Paraná (Fehospar) divulgou uma nota alertando que a paralisação dos trabalhadores e os bloqueios realizados nas rodovias, já coloca em risco pacientes internados em hospitais do Paraná.
A Fehospar alerta que os hospitais já sofriam com a falta de reposição de seus estoques de materiais, insumos e medicamentos e que os reflexos na assistência estariam evidentes a partir de hoje com a continuidade da greve. ainda segundo a nota da Fehospar, ontem a maioria dos hospitais de porte da Grande Curitiba estava no limite de sua capacidade, o que impacta em suas reservas operacionais, incluindo gêneros alimentícios e de higiene. 
Em Curitiba, a situação no Hospital São Vicente era de estado de alerta ontem. “Estamos nos precavendo para não haver o desabastecimento, mas a situação pode ficar crítica se não houver uma solução a curto prazo”, diz nota da instituição.
Ontem, alguns alimentos já estavam em falta como pães e leite usados em dietas especiais, frutas, verduras, alguns medicamentos como contrastes para procedimentos cardíacos em estoque mínimo.

Setores afetados com a greve
Hospitais – Alguns insumos e alimentos já estavam em falta. No interior, hospitais adiaram procedimentos
Supermercados – Produtos já estavam em falta, ontem, especialmente os perecíveis
Postos de combustível – Grandes cidades, como Londrina e Foz do Iguaçu, não tinham mais combustível. Curitiba estava no limite ontem
Transporte público – Na quarta-feira a Urbs chegou a divulgar redução da frota. Ontem, o combustível só chegou nas empresas com escolta
Coleta de lixo – Municípios como Colombo e São José dos Pinhais já alertam para a possibilidade de interrupção do serviço
Montadoras – Pelo menos quatro montadoras na região de Curitiba suspenderam as operações nesta semana
Indústria têxtil – O setor também sofre com a falta de matéria-prima. O Estado tem vários polos da indústria
Produtores – Os produtores diversos sentem a greve dos caminhoneiros de maneira dramática. Quem mais sente são aqueles que trabalham com animais de corte e leite
Educação – Escolas e universidade podem ser impactados. No interior, a UFPR no Setor Litoral e os campus de Jandaia do Sul e Toledo da UFPR decidiram suspender as aulas de hoje
Gastronomia – Restaurantes e bares de Curitiba estão em alerta. O setor pode até fechar no fim de semana. Deliveries sentem a falta de combustível para as motocicletas
Repar – Os caminhoneiros fazem bloqueios na área da Refinaria Presidente Getúlio Vargas, em Araucária. Poucos caminhões-tanque conseguem passar carregados