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Em um mundo sem internet e no qual toda a informação cultural ficava restrita a TV’s, rádios e veículos impressos, o boom do rock brasileiro nos anos 80 serviu para criar um mercado de música jovem que pegou a todos de surpresa naquela década. A partir da década de 90, o advento de gêneros populares, como o sertanejo e a lambada, prometia colocar em desuso o então novato cenário roqueiro da época (muito parecido com o que acontece atualmente, aliás). Mas eis que, em 1994, uma renovação aconteceu, com o surgimento de novos nomes, como o Skank, Chico Science e Nação Zumbi, Pato Fu e Raimundos.

Desde então, toda a produção mercadológica e radiofônica que dominou a metade da década de 90 e o início dos anos 2000, foi pautada por essa “revolução roqueira”. Em meio a todas as mudanças culturais que decorreram com o advento da internet, muita gente decretou a morte do rock, principalmente quando o sertanejo e o funk começaram a dominar todas as paradas musicais, de dez anos para cá.

Mas o que percebemos é que ainda há público para o rock. Um sentimento de urgência e nostalgia perpassa o cenário musical, principalmente com o anúncio do retorno, neste ano, de nomes fortes no cenário pop/rock do Brasil no passado. Aproveitando este momento peculiar, os Raimundos desembarcam em Curitiba neste sábado (06), para tocar na íntegra, na Ópera de Arame, o primeiro álbum do grupo, em homenagem aos seus 25 anos. Sobre esse reencontro com as próprias origens, e os desafios da música atual, conversamos com Digão, o vocalista e guitarrista, no papo que você confere no BARULHO CURITIBA.