Franklin de Freitas – “Drielly Minelli: desejo de se tornar doadora”

Ontem foi comemorado o Dia do Doador Voluntário de Sangue. Uma homenagem a pessoas quase sempre anônimas que ajudam a salvar vidas todos os dias. Diariamente, aproximadamente mil pessoas em todo Estado comparecem a uma unidade do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar) para se cadastrarem como doadores de sangue e medula óssea. Por mês, a hemorrede recebe 17 mil candidatos à doação e, em média, 14 mil estão aptos a doar sangue.
Tem aqueles que já incorporaram no seu dia a dia o ato de doar. É o caso do operador de máquinas Geraldo Roveroto, de 49 anos, que esteve no Hemepar para fazer uma doação na semana passada. Ele conta que já faz isso há 25 anos, realizando as doações de sangue a cada dois meses. “A primeira vez fui com um ônibus da empresa. Um colega precisava de doação. A partir daí comecei a doar com frequência”, conta.
Já o personal trainer Junior Cruz, de 29 anos, relata que doa sangue há 10 anos, seguindo um exemplo que vem de família. “Faz parte da cultura familiar. Minha família inteira doa. Não dói nada e é gratificante saber que estou ajudando alguém. Não custa nada e toma pouco tempo, estou há menos de uma hora aqui.”
No mesmo dia, também estava doando sangue a analista de finanças Drielly Minelli, de 29 anos, que fazia a sua segunda doação. “A primeira (doação) foi há três meses. Tinha tempo que queria doar, mas antes não tinha o peso ideal. Depois engravidei, amamentei, e vi que estava morando perto do Hemepar. Resolvi começar a doar, então, até porque minha tia sempre doou”, relata.

Nesta época do ano, coletas costumam cair até 50% no Estado
As festas de final de ano se aproximam. Feriados, férias, viagens. Mas o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar) não para, e é justamente nesta época que a instituição enfrenta uma dos períodos mais críticos no que diz respeito à doação de sangue, que chega a cair 50% no Paraná. 
De acordo com Paulo Roberto Hatschbach, diretor do Hemepar, datas como Carnaval, Natal e Ano Novo marcam os períodos mais críticos no ano. “São semanas curtas e ainda precisamos de sangue, mas as doações chegam a cair 50%. As pessoas estão correndo com outras coisas, se preparando para viajar, e acabam não lembrando”, comenta Hatschbach.
“Temos de manter o nível de doação mesmo no final de ano. Atendemos 385 hospitais e quase 90% do SUS no Paraná. Mas nossa população é muito solidária, então tem de incentivar. Doar sangue é fazer o bem sem saber para quem. Ajuda a salvar vidas, a amenizar a dor de outra pessoa.”, afirma Hatschbach, destacando que não há uma situação crítica de estoque no estado.

Reforma deve ampliar a capacidade de atendimento
Segundo Paulo Roberto Hatschbach, diretor do Hemepar, ao longo dos últimos anos tem crescido gradativamente o número de doações feitas ao Hemepar. Por conta disso, inclusive, já há um projeto para reformar e ampliar o espaço do Hemepar em Curitiba. Em Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, o Hemonúcleo já receb as obras para melhorias na área de atendimento aos usuários da unidade e ampliação do setor de processamento de sangue.
“As doações tem crescido gradativamente e por conta disso, inclusive, já temos um projeto para reformar aqui no ano que vem, justamente por causa de ter crescido tanto a demanda. Então queremos ampliar o espaço para poder alocar mais funcionários e receber mais doadores”, conta o diretor do Hemepar.
“O sangue é vital para a vida humana, e sua doação é um ato de amor e solidariedade. Ficamos imensamente gratos por todas as doações e convidamos quem ainda não se cadastrou para que vá até a unidade mais próxima e contribua”, acrescenta o secretário de Estado da Saúde, Antônio Carlos Nardi.