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Dois homens foram presos preventivamente nesta manhã de quinta-feira, 24, em Curitiba, como suspeitos de ser o mandante e o autor dos 14 disparos que tiraram a vida de Ana Paula Campetrini, 39 anos, nesta última terça-feira, 22, no bairro Santa Cândida, em Curitiba. 

Um deles é o ex-marido de Ana Paula, Wagner Cardeal Oganauskas, atual presidente do Clube Morgenau, suspeito de ser o mandante do crime. O outro é Marco Antônio Ramon, amigo do ex-marido de Ana Paula, e diretor do Clube. Ele é acusado de ser o autor dos disparos. 

Segundo as informações da delegada Tathiana Guzella, os dois mandados de prisão foram expedidos pela 1ª Vara do Tribunal do Júri.  A delegada afirmou que foram colhidas imagens que mostram que o atirador seguiu o carro de Ana Paula, da sede da Sociedade Morgenau, no bairro Alto da XV, até a casa dela, no Santa Cândida, onde efetuou os disparos.  

Ainda conforme a delegada, na data da morte de Ana Paula, ela teria ido à sede para pegar um carteirinha para ter acesso ao clube, onde os filhos dela praticavam esportes.”Acreditamos que até a próxima semana, teremos conseguido concluir o inquérito deste caso”, afirmou a delegada Tathiana Guzzella. 

A delegada Camila Cecconelo afirmou  ainda que Ana Paula era uma pessoa tranquila e bem quista por todos e sem antecedentes. “O único problema que ela tinha é com relação ao divórcio que se arrastava por conta de divergências de bens e guarda dos filhos” , disse. 

Conforme a delegada, com base em testemunhas ouvidas, os problemas de Ana Paula e o ex-marido teriam começado a partir do momento que ela pediu o divórcio alegando ser homossexual. Ana Paula foi casada por 17 anos com Wagner e há três anos pediu o divórcio para morar com a atual companheira. Após a separação, Ana Paula passou a trabalhar como diarista para se sustentar. 

No dia do crime, a vítima estava chegando na residência em que morava quando foi abordada por um homem em uma motocicleta. Ele atirou 14 vezes contra o carro em que Ana Paula estava.

Os advogados  Elias Mattar Assad, Karoline Alves Crepaldi e Louise Mattar Assad foram contratados pelos suspeitos para fazerem a defesa do mesmos.