Franklin de Freitas – Ferinha do Largo da Ordem atrai turistas e moradores de Curitiba em qualquer época do ano

O Carnaval movimenta o turismo em todo o País neste mês, e alguns setores estão mais otimistas. O hoteleiro, por exemplo, já sente um forte movimento neste sentido, o que pode fazer do Carnaval 2020 melhor que o do ano passado. E essa expectativa é por causa do dólar. A valorização do dólar frente ao real deve favorecer o turismo nacional durante o Carnaval, atraindo mais estrangeiros e estimulando os brasileiros a viajarem pelo país.

Com isso, o hoteleiro aposta que, este ano, a taxa de ocupação de pousadas e hotéis de alguns dos principais destinos turísticos brasileiros será superior à registrada em 2019. Levantamento preliminar da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih Nacional) indica que, em várias capitais, a quantidade de reservas de hospedagem para a festa de Momo já supera a do mesmo período do ano passado.

Para o Paraná, a associação estima que a taxa de ocupação em Foz do Iguaçu e nos pontos mais visitados do litoral paranaense podem chegar a 85%. Na Capital, Curitiba, 54% dos leitos disponíveis deverão ser ocupados, ajudando a movimentar a economia local em uma data que tradicionalmente não teria muito a ver com a cidade, mas que vem se preocupando em ofertar atrativos para a data nos últimos anos.

Mas, uma estimativa da Prefeitura de Curitiba para este ano é de que perto de 100 mil pessoas, entre população e turistas, saiam às ruas para ver e brincar o Carnaval.

O otimismo do setor hoteleiro encontra amparo no resultado de uma pesquisa que a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou na semana passada. De acordo com a entidade, o conjunto das atividades turísticas relacionadas ao Carnaval deverão movimentar cerca de R$ 8 bilhões este ano no País. Comparada a 2019, a cifra representa um aumento real de apenas 1%. Mesmo assim, é o maior volume de receitas desde 2015.

Comércio
Receitas triplicam no mês de folia
As datas comemorativas como o Carnaval, que neste ano será dia 25 de fevereiro, podem ser usadas como estratégia para fidelizar clientes e aumentar vendas. E para as lojas que investem em produtos de nicho como enfeites, fantasias, acessórios, maquiagem e artigos para festas, o faturamento chega a triplicar nesta época do ano. Uma pesquisa da plataforma ShopFully, fonte primária de informação para quem quer encontrar produtos, ofertas e novidades sobre estabelecimentos comerciais de forma geolocalizada, mostra que, em média, o brasileiro deve gastar R$ 500 durante os dias de festa. Expressivos 32% afirmaram que gastarão de R$ 1.000 a R$ 2.500. Outros 6% esbanjarão mais, reservando mais de R$ 2.500 para o feriado prolongado. O desempenho do varejo no Carnaval deve seguir a linha de recuperação das últimas duas grandes datas comerciais (Black Friday e Natal). O ano de 2020 tende a ser mais movimentado do que 2019, que apresentou quedas de fluxo de pessoas em todos os meses do ano no varejo físico nacional consolidado.

R$4,32
foi em quanto fechou o dólar na sexta-feira passada, em mais um dia marcado por forte volatilidade no mercado financeiro. O dólar acumula alta de 7,67% em 2020. O euro comercial também subiu e fechou o dia em R$ 4,729, alta de 0,53%. Os R$ 4,32 foi o maior valor nominal desde a criação do real. A turbulência repetiu-se no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3 (antiga Bolsa de Valores de São Paulo), fechou o dia com queda de 1,23%, aos 113.770 pontos. Esse foi o segundo dia seguido de recuo do indicador, que acumula retração de 1,62% em 2020. O dólar subiu em nível global, principalmente diante das moedas de países emergentes, depois da divulgação da geração de emprego em janeiro nos EUA.