O dólar à vista no balcão encerrou nesta sexta-feira, 04, em alta de 0,45%, cotado na máxima da sessão, a R$ 2,211. Após uma tarde com fluxo reduzido e pouco vigor para compras, a moeda norte-americana voltou à máxima nos minutos finais. Segundo um operador de câmbio de uma instituição financeira, ao fim dos negócios pode ter aparecido um fluxo de saída e o mercado ficou mais tomador, embora tenha sido uma tarde de giro esvaziado pela proximidade do fim de semana. No exterior, sinais de progresso no impasse entre democratas e republicanos sobre a questão fiscal nos Estados Unidos também colaboraram para a valorização da divisa lá fora.

Para o operador Guilherme Esquelbek, da corretora Correparti, tanto o movimento da véspera quanto o desta sessão podem ser vistos como um ajuste técnico da perda semanal, período em que a divisa acumula queda de 2,12%. “A nossa moeda (real) apreciou bastante nos últimos dias, houve exagero, mas parece que o dólar se encontrou nesse nível de R$ 2,20, R$ 2,21”, avalia outro operador de uma corretora. Para ele, o patamar de R$ 2,20 é considerado um piso, pois chama compras.

Na mínima do dia, pouco depois das 13 horas, a moeda cravou os R$ 2,20, com variação negativa de 0,05%.

Em relação a outras moedas ligadas a commodities, o dólar registrava queda. Às 17h15 (horário de Brasília), a divisa norte-americana recuava 0,25% ante o dólar neozelandês, perdia 0,40% ante o dólar australiano e tinha desvalorização de 0,32% diante do canadense. O euro era negociado a US$ 1,3552, ante US$ 1,3619 do fim da tarde da véspera, quando renovou a máxima em oito meses.

No mesmo horário, a clearing de câmbio da BM&F registrava giro financeiro de US$ 1,124 bilhão. O dólar pronto na BM&F teve leve alta de 0,18%, a R$ 2,2090, com apenas dois negócios. No mercado futuro, o dólar para novembro valia R$ 2,2255, em alta de 0,11%.

Nesta manhã, foi realizado o leilão de linha semanal e, segundo operadores, o BC conseguiu vender o lote integral, que era de até US$ 1 bilhão, mas somente no segundo leilão. Um operador explicou que a rejeição das propostas do leilão “A” pode refletir que o mercado queria prazos mais longos.