Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em resumo, foram dois os pontos principais analisados do pedido de impeachment que resultou no afastamento da Presidente da República. O primeiro deles foram as chamadas "pedaladas fiscais", que foram manobras adotadas pelo governo para maquiar o resultado das contas públicas, atrasando o pagamento de débitos a bancos públicos nos anos de 2014 e 2015 (os fatos ocorridos em 2014, porém, foram afastados da denúncia por Cunha, uma vez que tratavam se situações ocorridas no primeiro mandato de Dilma).

Na prática, o que houve foi o atraso em repasses (ou simplesmente a não realização desses repasses) do Tesouro Nacional ao Banco do Brasil, referentes à equalização de taxas de juros referentes ao Plano Safra, e a utilização da Caixa Econômica como financiadora do Abono Salarial, Bolsa Família e Seguro Desemprego, em desrespeito à Lei de Responsabilidade Fiscal, que proíbe a operação de crédito entre uma instituição financeira estatal e o ente da federação que a controla, na qualidade de beneficiário do empréstimo.

Outro ponto foi o fato de a presidente ter assinados seis decretos não numerados entre julho e agosto de 2015, autorizando o governo a gastar R$ 2,5 bilhões a mais do que o previsto no Orçamento. Segundo a denúncia, o governo não poderia ter criado essa despesa extra sabendo que a meta fiscal não seria cumprida, incindindo, então, em crime de responsabilidade, previsto na Lei 1.079 de 1950, que em seu artigo 11 define que "são crimes contra a guarda e legal emprego dos dinheiros públicos (…) abrir crédito sem fundamento ou lei ou sem as formalidades legais".

Para conferir a votação completa

Abaixo, você pode conferir como votou cada partido e cada deputado paranaense com relação ao projeto de lei que liberou a terceirização ampla no país. Clicando AQUI, você será redirecionado para uma página do 4shared, onde poderá fazer o download da planilha preparada pelo Bem Paraná que trata do assunto. Com ela, é possível verificar como votou cada um do deputados federais, filtrando ainda a busca pelo nome do deputado, partido e estado do político.
 

Votação por partido na Câmara

Sigla do Partido

Sim

Não

Abstenção/Ausência

DEM

28

0

0

PCdoB

0

10

0

PDT

6

12

1

PEN

1

1

0

PHS

6

1

0

PMB

1

0

0

PMDB*

59

7

1

PP

38

4

3

PPS

8

0

0

PR

26

10

4

PRB

22

0

0

PROS

4

2

0

PSB

29

3

0

PSC

10

0

0

PSD

29

8

0

PSDB

52

0

0

PSL

2

0

0

PSOL

0

6

0

PT

0

60

0

PTB

14

6

0

PTdoB

2

1

0

PTN

8

4

0

PV

6

0

0

REDE

2

2

0

SDD

14

0

0

TOTAL

367

137

9

* Eduardo Cunha, presidente da Câmara, não participou da votação, seguindo o que determina o artigo 17 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados: “O Presidente não poderá, senão na qualidade de membro da Mesa, oferecer proposição, nem votar, em Plenário, exceto no caso de escrutínio secreto ou para desempatar o resultado de votação ostensiva.“

Como votaram os deputados federais pelo Paraná

Nome do deputado (Partido): Como votou
Alex Canziani (PTB): SIM
Alfredo Kaefer (PSL): SIM
Aliel Machado (REDE): NÃO
Assis do Couto (PDT): NÃO
Christiane de Souza Yared (PR): SIM
Diego Garcia (PHS): SIM
Dilceu Sperafico (PP): SIM
Ênio Verri (PT): NÃO
Evandro Roman (PSD): SIM
Fernando Francischini (SDD): SIM
Giacobo (PR): SIM
Hermes Parcianello (PMDB): SIM
João Arruda (PMDB): SIM
Leandre (PV): SIM
Leopoldo Meyer (PSB): SIM
Luciano Ducci (PSB): SIM
Luiz Carlos Hauly (PSDB): SIM
Luiz Nishimori (PR): SIM
Marcelo Belinati (PP): SIM
Nelson Meurer (PP): SIM
Nelson Padovani (PSDB): SIM
Osmar Serraglio (PMDB): SIM
Paulo Martins (PSDB): SIM
Ricardo Barros (PP): SIM
Rubens Bueno (PPS): SIM
Sandro Alex (PSD): SIM
Sergio Souza (PMDB): SIM
Takayama (PSC): SIM
Toninho Wandscheer (PROS): SIM
Zeca Dirceu (PT): NÃO