Arquivo Bem Paraná

Dois empresários foram presos nesta manhã de quinta-feira, 3 de setembro, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). no Ministério Público do Paraná (MPPR). As prisões são em caráter temporário e ocorreram em uma operação contra suposto esquema de sonegação fiscal no setor de sucata em Curitiba, Pinhais e São José dos Pinhais,  município da Região Metropolitana de Curitiba (RMC). De acordo com o Gaeco, cerca de R$ 300 milhões foram sonegados desde 2013.

A ação é em conjunto com a Receita Estadual. Ao todo, 12 pessoas são investigadas, conforme as informações repassadas pelo Gaeco. Também são cumpridos 17 mandados de busca e apreensão.

As prisões temporárias (por cinco dias) foram determinados contra dois empresários, supostos chefes da organização criminosa que praticava os ilícitos. As buscas têm como alvo duas sedes de empresas (uma em Curitiba e outra em São José dos Pinhais) e endereços de dez empresários e/ou “testas-de-ferro” (em Curitiba e Pinhais).

Empresas de fachada 

Conforme apurado, há suspeitas de que pelo menos 25 empresas tenham sido  envolvidas em fraudes para gerar créditos ilegais do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em prejuízo do Estado. As empresas eram apenas formalmente constituídas, normalmente em nome de testas de ferro, frequentemente várias delas no mesmo endereço, inclusive em outros estados, em alguns casos com instalação comercial dissimulada, e em outros, sem efetiva operação comercial.

A Receita Estadual contabiliza mais de R$ 100 milhões de prejuízo ao Estado do Paraná. O Ministério Público pleiteia o sequestro de valores, imóveis e outros bens. São investigados crimes de sonegação fiscal, falsidade ideológica, lavagem de ativos e constituição de organização criminosa.

A operação foi batizada de “Taregas”. As buscas ocorrem em duas empresas e em dez residências da RMC.