O varejo on-line tem motivos de sobra para comemorar os bons resultados da Black Friday e da Cyber Monday. Um levantamento realizado pelo Compre&Confie, empresa de inteligência de mercado focada em e-commerce, mostra que ambas as datas movimentaram R$ 5,96 bilhões de quinta-feira (28/11) a segunda-feira (02/12). O valor representa aumento de 35,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Nos quatro dias de vendas, segundo levantamento da ClearSale, empresa especialista em antifraude, o prejuízo evitado com fraudes aumentou 38,6% e a companhia colaborou para garantir mais segurança nas transações, com R$ 39,7 milhões de fraudes evitadas.

“Nos últimos meses, acompanhamos o forte planejamento dos varejistas online para obter sucesso com ambas as datas. Durante os dias de promoções, os sites de e-commerce conseguiram comprovar que excelente estrutura tecnológica, preços promocionais reais e processos operacionais bem executados foram fundamentais para obtenção de recordes em vendas para grande parte dos varejistas online”, destaca André Dias, diretor executivo do Compre&Confie.

O aumento está relacionado principalmente ao maior volume de compras realizadas este ano. De acordo com o Compre&Confie, 10,58 milhões de pedidos foram feitos na Black Friday e Cyber Monday, número que representa um aumento de 35% em relação ao mesmo período de 2018.

Já o tíquete médio se manteve praticamente estável em relação ao ano passado. Em média, consumidores gastaram R$ 563,40 nas compras, valor apenas 0,3% maior do que o registrado no ano anterior.

Frete

No período de quinta-feira a segunda-feira, o frete grátis esteve presente em 57% dos pedidos de compra feitos, enquanto o frete pago foi registrado nos demais 43%. O valor médio pago pelos consumidores foi de R$ 21,60, valor que representa queda de 36,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.

“A concentração de frete grátis ante o pago durante a Black Friday e Cyber Monday representa um comportamento atípico. Além das promoções ofertadas, vale lembrar que colabora para isso a quantidade de pedidos registrados com retirada em loja, que passou de uma participação de 4,5% das compras feitas para 5,5% este ano”, finaliza Dias.

Fraudes

Alinhado com o aumento das compras no período, os prejuízos evitados no e-commerce também foram maiores este ano. Nos quatro dias, de acordo com levantamento da ClearSale, os prejuízos evitados com fraudes no e-commerce cresceram 38,6%, com R$ 39,7 milhões de fraudes evitadas.

“Os celulares costumam ser os itens com maior índice de tentativa de fraudes, seguido pelo segmento de games e bebidas. Produtos que têm grande valor agregado e são fáceis de serem revendidos são os preferidos pelos fraudadores”, explica Omar Jarouche, diretor de Soluções da ClearSale.

Na análise por região, o Sudeste liderou as fraudes evitadas, com R$ 20,8 milhões e crescimento de 30% em relação a 2018. O Nordeste ficou em segundo lugar com R$ 3,8 milhões e alta de 65,4%. Em terceiro lugar está o Centro-Oeste, com R$ 3,8 milhões e crescimento de 35%. O Sul e o Norte ficaram em quarto e quinto lugar, com R$ 3 milhões e alta de 36,4% e R$ 2,3 milhões e mais de 36,7% de fraudes evitadas do que em 2018, respectivamente.

Compras por regiões

Dos 10,58 milhões de pedidos realizados nacionalmente, a maior parte esteve concentrada no Sudeste (65,5%), porcentual idêntico ao registrado no mesmo período do ano passado. Em seguida, estão: Sul (13,9%), Nordeste (13,1%), Centro-Oeste (5,6%). Por último, o Norte (2%), que apesar de ocupar a quinta posição, registrou crescimento representativo em relação a 2018.

“Apesar da representatividade ainda baixa quando comparada às demais regiões, o Norte registrou crescimento expressivo, de mais de 40% nas vendas on-line da Black Friday e Cyber Monday este ano. É um comportamento que deve evoluir continuamente, trazendo cada vez mais visibilidade à região”, destaca Dias.

No Sudeste, responsável por concentrar a maior parte do consumo, os Estados que mais consumiram foram: São Paulo (4,2 milhões de compras feitas no período), Rio de Janeiro (1,3 milhão) e Minas Gerais (1,2 milhão).