WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) – O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), participará de um encontro com empresários em Washington marcado para 27 de novembro. 

Promovido pelo Brazil-U.S. Business Council, braço da Câmara de Comércio dos Estados Unidos que busca estreitar as relações comerciais entre os dois países, o objetivo do evento será “discutir as mudanças fundamentais em curso no Brasil, as próximas prioridades para o Congresso e a formação de coalizões e a relação bilateral” entre as nações.

O evento foi anunciado na página da organização. Procurada, a assessoria do partido não se manifestou sobre o encontro. 

A viagem de Eduardo estava originalmente marcada para esta semana, mas foi adiada por causa de compromissos ligados à transição de governo, segundo o assessor para assuntos internacionais do partido. 

O deputado havia afirmado para veículos de comunicação que planejava se reunir com membros do alto escalão do governo de Donald Trump, como o vice-presidente, Mike Pence, e o secretário de Estado, Mike Pompeo, nesta semana, mas a Casa Branca e o Departamento de Estado não confirmaram os encontros. 

A ida aos Estados Unidos, como o congressista escreveu em uma rede social, é “parte de um esforço inicial de aproximação e boa vontade entre o Brasil e os EUA, duas nações amigas que foram afastadas nos últimos anos por motivos ideológicos.” 

A família Bolsonaro vem estreitando os laços com os Estados Unidos desde o início da campanha. Em outubro de 2017, o então candidato a presidente participou de palestras fechadas com investidores na Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos e no Conselho das Américas, em Nova York. 

Em agosto deste ano, Eduardo se encontrou com o ex-estrategista-chefe de Donald Trump Steve Bannon e afirmou que ambos manteriam contato “para somar forças, principalmente contra o marxismo cultural”. 

Bannon afirmou no último mês em entrevista à Folha de S.Paulo que ficou “muito bem impressionado com Eduardo e seus assessores” e que tinham “a mesma perspectiva em relação à economia, estabilidade, lei e ordem”. 

Disse ainda que, apesar de ter mantido contato com eles de forma informal durante a campanha, “não precisaram de nenhuma ajuda” porque “são muito sofisticados”. 

Após o resultado da eleição presidencial, Jair Bolsonaro recebeu uma ligação de Trump, que descreveu a conversa como “muito boa”. 

“Nós concordamos que o Brasil e os Estados vão trabalhar juntos em comércio, questões militares e todo o resto!”, escreveu o republicano em uma rede social. “Ligação excelente, desejei a ele parabéns!”