Para reduzir aglomerações e a exposição de eleitores ao coronavírus, uma das hipóteses em discussão é que as eleições municipais deste ano tenham dois dias de votação, disse o ministro Luís Roberto Barroso, que assume a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na próxima semana. Para isso, seria preciso um gasto adicional de R$ 180 milhões, que é o custo estimado pelo TSE de um dia adicional de eleição. Diante do quadro de crise fiscal, porém, outra possibilidade seria expandir o horário de votação, para que dure 12 horas, o que teria um custo menor.
“Em vez de irmos até as 17 horas, irmos talvez até as 20 horas, e começar às 8 horas. Portanto, iríamos de 8 horas às 20 horas, 12 horas de votação. É uma possibilidade. Não depende de lei, podemos nós mesmos regulamentar no TSE”, disse o ministro, ao jornal ‘Valor Econômico’.
A Justiça Eleitoral estuda ainda fazer a votação dividida por faixa etária, nos diferentes turnos do dia de votação. Para isso, é preciso “ouvir sanitaristas [para saber] se colocaríamos os mais idosos votando mais cedo, depois os mais jovens na hora do almoço. A gente tentar fazer uma divisão dessa natureza”, disse Barroso.