Em clima de despedida na Fórmula 1, o polonês Robert Kubica evitou mostrar desânimo nesta quinta-feira, no autódromo de Interlagos, em São Paulo, mas admitiu que o rendimento da Williams ao longo do ano foi decepcionante e desejou um “futuro melhor” ao time britânico, às vésperas do GP do Brasil.

“É difícil falar de expectativas porque tivemos dificuldades ao longo de todo o ano. É quase impossível sonhar com algo maior do que estamos fazendo na temporada”, disse o piloto, referindo-se às duas últimas corridas do ano, no Brasil e em Abu Dabi, no dia 1.º de dezembro. “Com certeza não é a temporada que esperávamos. Estamos trabalhando duro, mas não é uma temporada fácil”.

Apesar das limitações exibidas pela Williams neste ano, justamente em seu retorno à F-1, Kubica disse que tem motivos para comemorar. Ele fez uma surpreendente volta à categoria neste ano, após se afastar em 2011 em razão de um grave acidente de rali em Andorra, na Itália. O polonês chegou a ficar com ligeira sequela no antebraço direito.

“Voltar à F-1 é encarar sempre a cobrança de maior nível do esporte a motor depois de muito tempo e com minhas limitações. Tinha muitas pessoas que não achavam que eu seria capaz de correr novamente aqui. Muitos falaram que eu não seria capaz de reagir às situações de corrida”, reclamou o polonês.

Pilotando uma Williams longe do seu auge, Kubica somou apenas um ponto nas 19 etapas já disputadas neste ano. Por isso, é o penúltimo colocado do campeonato, à frente apenas do britânico George Russell, seu companheiro na equipe britânica.

Desanimado com o rendimento do seu carro, o polonês anunciou que deixaria a categoria novamente em setembro. “Espero que esse time melhore no futuro porque os caras merecem isso, são boas pessoas e trabalham bastante. Espero por um futuro melhor para a Williams”, declarou.