Divulgação/ PM

A Comandante-Geral da PM, coronel Audilene Rosa de Paula Dias Rocha, abriu a palestra de capacitação dos policiais militares do 22º Batalhão de Polícia Militar (22º BPM), pertencente ao 6º Comando Regional da PM (6º CRPM), na manhã de terça-feira (21/08), que irão fazer parte da Patrulha Maria da Penha em Colombo (PR). Os policiais também assistiram palestras com especialistas da área de violência doméstica. A capacitação promovida pelo 22º Batalhão é para os militares estaduais que farão parte da Patrulha Maria da Penha e atenderão as ocorrências de Colombo que sejam de natureza de violência doméstica, prestarão as orientações necessárias às vítimas, bem como farão o encaminhamento dos suspeitos à Polícia Civil.

Segundo a Comandante-Geral da PM, a Patrulha Maria da Penha irá prestar orientações às mulheres vítimas de violência doméstica, apresentando a elas as possibilidades que garantem sua honra e a integridade física. “O treinamento e o nivelamento com os policiais militares são necessários para que eles saibam todos os procedimentos para fazer o atendimento necessário”, destacou.

A coronel Audilene iniciou os trabalhos com uma palestra e apontou a importância da Polícia Militar num contexto social de valorização da mulher na sociedade e atuação da Corporação para preservar sua integridade física. Ela falou ainda que o trabalho da Patrulha Maria da Penha iniciará em apoio a atuação dos agentes do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). “A viatura estará acompanhando uma equipe do CRAS durante as visitas às mulheres que possuem medidas protetivas a fim de verificar se houve a violação do direito, como elas têm passado, e caso seja constatado o descumprimento, serão adotadas as medidas cabíveis. Nos casos”, complementou.
De acordo com o Comandante do 22º Batalhão, tenente-coronel Sérgio Augusto Ramos, a iniciativa conta com a parceria entre a PM, o Tribunal de Justiça por meio da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (CEVID), e o Governo do Estado. “Esse trabalho visa preparar o militar estadual para que ele saiba identificar quando a ocorrência que ele está atendendo se trata de violência doméstica ou não, e assim dar os devidos encaminhamentos”, explicou.

O cabo Givanildo José da Silva é um dos policiais militares que fará parte do projeto e recebeu as instruções que complementam a experiência da atividade operacional que ele possui em quase 27 anos de carreira na Polícia Militar. “A PM tem como objetivo a busca pelo aprimoramento e a capacitação profissional de cada policial militar, em diversas áreas, inclusive na área da violência doméstica e, sem dúvidas, através deste curso, sairemos daqui mais preparados”, salientou.

O projeto de implantação dessa modalidade de policiamento teve o apoio do Poder Judiciário e o promotor de justiça Juliano Marcondes Paganini participou da capacitação para falar sobre as medidas judiciárias nos casos de violência doméstica. “Nós vamos repassar algumas orientações de procedimento, uma visão bastante prática, do que o policial militar pode e deve fazer no atendimento dessas vítimas. Tirar algumas dúvidas que vão ser frequentes, aquilo que as vítimas irão perguntar para os policiais”, explicou.

A psicóloga da CEVID, Maria Raquel, acredita que o aperfeiçoamento do militar estadual faz com que o atendimento ao cidadão seja mais efetivo. “O policial que atende uma ocorrência como essa deve ser acolhedor, se colocar no lugar da vítima e saber que ela está ali fragilizada, pois é difícil (para a vítima) chegar a alguém para pedir ajuda. É necessário que o policial militar tenha uma escuta humanizada. A Polícia Militar tem como objetivo a busca pelo aprimoramento e a capacitação profissional de cada policial militar, em diversas áreas, inclusive na área da violência doméstica e, sem dúvidas, através deste curso, sairemos daqui mais preparados”, explicou.

A soldado Tatiane Sopzak Campos, do 22º Batalhão, é palestrante na área de violência doméstica e explica que há muitas dificuldades para as mulheres de denunciarem, por isso a iniciativa da PM de capacitar militares estaduais para o atendimento exclusivo desse crime. “Ter uma viatura exclusiva para esses casos vai facilitar o atendimento e o encaminhamento dessas mulheres para o CRAS, que possui a assistência social, e para a psicóloga, a fim de orientá-las melhor sobre as medidas de urgência e cautelares”, afirmou.