Colaboração

A confirmação de casos do coronavírus no Brasil provocou uma correria nas lojas por álcool gel e máscaras de proteção tanto as cirúrgicas de proteção e as triplas. Em Curitiba, não há máscaras em praticamente nenhuma farmácia e restam poucas unidades de álcool de gel, com preços altos, e em lojas mais distantes do centro da cidade. A procura é tanta que as poucas farmácias  que oferecem ainda máscaras e álcool gel estão limitando a quantidade de unidades. É o caso de algumas unidades da Droga Raia em Curitiba, que limitaram a compra em de álcool gel em no máximo cinco unidades e máscara, uma apenas. A intenção, segundo o aviso da farmácia, é garantir a saúde de todos. “Acho a ideia de limitar sensacional, porque o pânico faz com que as pessoas não pensem nos próximos. É um jeito de ensinar cidadania”, opinou a cliente Sandra Corrêa, 61 anos. 

Para se ter uma ideia da alta de preços, segundo o site JáCotei, um frasco de álcool em gel de marca popular, que custava R$ 16,06 no dia 27 de fevereiro, subiu para R$ 41,99 no dia 4 de março. O aumento equivale a 161% e isso em menos de uma semana. E não são só os consumidores que sentem o peso do preço alta. A Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) informou na semana passada que o preço das máscaras cirúrgicas subiu 569% desde o início do surto. Um dono de farmácia contou à reportagem do Bem Paraná que o alta de preço começa na fábrica, passa pela distribuidora e tem sobrado pouco para a farmácia. “No meu caso, o mesmo álcool que eu comprava há R$ 9 reais, comprei da última vez por R$ 19, isso em um espaço de duas semanas”, contou ele que não quis se identificar. Ele também confessou que até desistiu de comprar máscaras de proteção, porque são poucas que restam nas distribuidoras e a preços exorbitantes: “Não tenho coragem de comprar e de revender com um preço tão abusivo”.

A diretora do Procon-PR, Claudia Silvano, alerta para o consumidor não se apavorar e seguir as dicas de segurança do Ministério da Saúde sobre o coronavírus.  “Todo consumidor tem que exigir nota fiscal e se encontrar abuso de preço nos estabelecimentos deve levar o caso ao Procon, porque não vamos permitir que as empresas cometam abusos de preço num momento como esse”, dissse Cláudia.

O que diz o Ministério da Saúde:

Quando usar máscara?

O uso da máscara de proteção é recomendado às pessoas que apresentam sintomas respiratórios, como tosse, espirros ou dificuldades em respirar.  A utilização serve para evitar a transmissão no coronavírus para as pessoas ao seu redor e no momento em que for procurar o atendimento médico.

Também é indicada para pessoas (incluindo familiares) que prestam atendimento aos indivíduos com suspeita ou confirmação de coronavírus.

A recomendação também se destina aos profissionais de saúde. Eles devem utilizar a máscara ao entrar em uma sala com pacientes ou quando for tratar um indivíduo com sintomas respiratórios.

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De acordo com o Ministério da Saúde, o uso da máscara somente é efetivo se for associado a hábitos de higiene, entre eles a lavagem frequente das mãos com água e sabão ou higienização com álcool em gel. Além disso, a pessoa deve ficar atenta no momento de jogar a máscara no lixo. Apos o uso, é imprescindível descartar em local adequado e lavar bem as mãos.