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Você sabia que nessa sexta-feira (23) é comemorado o Dia Mundial do Livro? Pois é! Esse dia tão importante, que traz um dos elementos mais importante para o mundo, a leitura, virou pauta recentemente. Sendo assim, não teria dia melhor do que hoje para explicar e conversar sobre a “taxação de livros” no Brasil.

Se você está se perguntando o que é isso, o Curitiba Cult está aqui para te ajudar! Recentemente, o governo mostrou que planeja estabelecer uma espécie de tributo sobre os livros. Isso implicaria em duas coisas: aumento dos preços e prejuízo nas vendas dos exemplares.

Agora eis aqui o porquê de tudo isso: a Receita Federal afirmou que “pobres não consomem livros não didáticos”. Em outras palavras, a afirmação seria mais ou menos dessa forma: “Tudo bem aumentar os preços dos livros, quem compra é o rico, porque pobre não tem dinheiro para comprar e ler”.

Em resumo, o que mudaria é um aumento de “imposto” nos livros, fazendo com que ganhassem mais valor no mercado e consequentemente suas vendas diminuíssem.

Segundo dados da Agência Brasil, o brasileiro lê, em média, cinco livros por ano, sendo aproximadamente 2,4 livros lidos apenas em parte e, 2,5, inteiros.

Pensando nisso, agora em contraponto, fica duas grandes dúvidas: por que tributar (ou seja, aumentar o valor) dos livros em um país onde a média de leitura é tão baixa? E sendo assim, porque que ao invés de ampliar o acesso à leitura, o governo busca restringi-lo?

De certa forma, com esse aumento nos preços, as chances daqueles que já não tinham muito acesso a livros e, consequentemente, a leitura, viram quase nulas.

Em um mundo e governo, onde quase todos os dias somos bombardeados de notícias, a escrita, leitura e a própria voz são meios que a população encontra de gritar pelo que acha certo. Criar medidas para que nem todos possam encontrar sua voz só da abertura para duas suposições: você está com medo do eco que o grito poderá ter ou você quer silenciar esse grito. E essa última suposição tem nome. Vocês sabem bem, né?