Com ingressos praticamente esgotados, o Skank retorna a Curitiba, neste sábado (29), para apresentar sua nova turnê, ‘Os Três Primeiros’, no Teatro Positivo. Como intitulado no nome do espetáculo, o novo show resgata as canções dos três primeiros trabalhos do grupo, formado por Samuel Rosa (guitarra e voz), Henrique Portugal (teclados), Lelo Zanetti (baixo) e Haroldo Ferretti (bateria). Com a proximidade do lançamento do CD e DVD da nova turnê, Henrique Portugal conversou com o Bem Paraná sobre a escolha do repertório, a ideia de resgatar as músicas dos primeiros trabalhos e sobre Curitiba, na entrevista que você confere a seguir.

Bem Paraná — Como se deu a ideia de resgatar as músicas dos três primeiros álbuns? Foi algo decidido de forma instintiva, ou por uma necessidade de resgatar sons da banda que estavam, por assim dizer, “perdidos” na extensa biografia de vocês?
Henrique —
Ha dois anos lançamos uma versão comemorativa dos vinte anos do Samba Poconé com varias faixas adicionais e resolvemos que deveriamos fazer um registro ao vivo deste album tão importante para a nossa carreira. Mas fazer o registro de apenas um album ficaria muito curto. Então veio a ideia de fazer este registro dos três primeiros albuns que tem uma conexão muito forte principalmente pelas referencias musicais. 

Bem Paraná — O Skank começou fortemente ligado ao reggae e dancehall, e acabou passeando por diversas vertentes ao longo de todos esse anos. Essa constante desconstrução do som da banda, para procurar novas possibilidades, é o que podemos chamar de um dos motivos pela longevidade de vocês no cenário da música brasileira?
Henrique —
Adorei a definição de desconstrução da banda. Eu diria que você está certo. Estas mudanças acabam trazendo novos ares e consequentemente novas referencias musicais. Referências que sempre foram verdadeiras pra nós mas que nos primeiros álbuns ficaram um pouco de lado. Somos desta forma e o nosso público já se acostumou com estas mudanças. 

Bem Paraná — O primeiro trabalho de vocês foi lançado de forma independente, o que, nos anos 90, não era algo comum. Hoje em dia, com a internet, percebemos uma maior facilidade de exposição do trabalho de um artista/banda. Como vocês enxergam essa mudança no cenário musical, e quais as diferenças do período atual, para aquele momento em que vocês lançaram o primeiro trabalho?
Henrique —
Por incrivel que pareça, hoje em dia vejo um momento muito parecido com o que nós começamos. A diferença é a facilidade que os artistas hoje em dia tem de divulgar os seus trabalhos. Vejo uma nova geração aparecendo e querendo ser conhecida por muita gente, diferente do movimento indie, que acabava sendo conhecido somente por um número reduzido de pessoas. Quando começamos tinhamos que mandar um CD para cada formador de opinião, jornalista, radialista e isto era muito caro. A facilidade que existe hoje em dia ajuda por um lado mas atrapalha por outro pois todo mundo tem a mesma ferramenta de divulgação, as viciantes redes sociais.

Bem Paraná — Ao lado do Chico Science & Nação Zumbi e dos Raimundos, vocês foram os responsáveis pela revitalização do pop/rock no país, na metade dos anos 90. Para vocês, depois de mais de 25 anos de estrada, quais continuam sendo os maiores desafios do Skank, em relação ao “fazer música” no Brasil?
Henrique —
Eu diria que o maior desafio é saber o que fazer a cada lançamento e como divulgar o trabalho. Mas independente da forma como seja divulgada ou onde será escutada a nossa música o importante é continuar fazendo canções que tenham um significado para a vida das pessoas. 

Bem Paraná — Vocês lançaram EPs das músicas resgatadas dos três primeiros álbuns, e em outubro, sai o CD completo e o DVD, com alguns materiais inéditos. Mas existe um projeto de um novo CD de inéditas, para breve?
Henrique —
Estamos lançando um álbum, resgatando o nosso início de carreira e resolvemos aproveitar o momento e incluir duas músicas inéditas. Os nossos fãs já estavam cobrando alguma novidade. Incluímos as canções ‘Algo Parecido’ e ‘Beijo na Guanabara’ neste projeto. 

Bem Paraná — Vocês, desde o início, sempre foram uma fábrica de hits. Como é feito o processo de seleção das músicas para os repertórios dos shows? E quais canções vocês não podem deixar de tocar de jeito nenhum?
Henrique —
Realmente temos muitas músicas que acabaram se tornando conhecidas do grande público. O que eu acho mais importante é que estas músicas são de épocas diferentes. Algumas vieram exatamente dos três primeiros álbuns e outras como ‘Vou Deixar’, ‘Sutilmente’, ‘Balada do Amor Inabalável’ e ‘Saideira’ vieram de outros álbuns. Montar um show acaba sendo uma tarefa difícil mas muito divertida. 

Bem Paraná — Vocês possuem uma boa receptividade em Curitiba, sempre fazendo shows com casa cheia. Possuem alguma lembrança de algum espetáculo realizado na cidade?
Henrique —
A nossa ligação com Curitiba vem desde o primeiro álbum. Em boa parte da nossa carreira sempre começamos ou encerramos as nossas turnês na cidade. Isto sempre nos deu sorte. Foram tantos shows maravilhosos que citar apenas um seria maldade. Agora que estamos começando este novo show esperamos que Curitiba nos traga novamente boas energias. 


Serviço
Show Banda Skank – Novo Show: ‘Os Três Primeiros’
Quando: 29 de setembro (sábado) – 21h15 (abertura do Teatro às 20h15)
Onde: Teatro Positivo (Rua Professor Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300 – Campo Comprido) Ingressos à venda: https://www.diskingressos.com.br/event/7584 ou (41) 3315-0808
Quanto: de R$ 90 a R$ 400, conforme o setor, no Disk Ingressos
Classificação: Livre
Informações: (41) 3315-0808 ou https://www.facebook.com/Rw7ProductionEntertainment