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Os últimos quatro anos foram de desafios e muitas campanhas voltadas ao combate à violência contra as mulheres. No início desta gestão, em 2017, a Secretaria Municipal Extraordinária de Políticas para Mulheres foi extinta, sendo estruturada mais tarde como Assessoria de Direitos Humanos – Políticas para as Mulheres.

Para diminuir o índice de violências foram estabelecidas políticas públicas voltadas às mulheres, ampliando parcerias e estabelecendo intersetorialidade dos serviços oferecidos pela Prefeitura.

Referência no atendimento às vitimas de violência, a Casa da Mulher Brasileira de Curitiba (CMBC) fez 55 mil atendimentos nos últimos quatro anos e acolheu cerca de mil pessoas, entre mulheres e crianças.

No período de isolamento social, causado pela pandemia do novo coronavírus, foram adotadas diversas ações voltadas às mulheres.

Carnaval sem assédio

Diversas ações, em 2020, para evitar o assédio e a importunação sexual durante os dias de carnaval. As ações ocorreram nos ensaios das escolas de samba e blocos, no período de pré-carnaval e na sequência, no desfile das escolas de samba, com distribuição de material desenvolvido pela Prefeitura.

Março é das mulheres

Comemorado em todo o mundo no dia 8 de março, o Dia Internacional da Mulher, nos últimos quatro anos, ganhou uma extensa programação durante todo o mês, como rodas de leitura, apresentações culturais, palestras sobre defesa pessoal, ações com o Ônibus Lilás.

Isolamento social e a violência

Campanha de alerta nas redes sociais e aplicativos de mensagens. O objetivo foi manter todas as mulheres seguras durante o período de isolamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus.

Cartilha orienta síndicos

A cartilha digital compila em 16 páginas todas as informações necessárias de prevenção e combate a violência doméstica e familiar contra a mulher.

Reflexão

O dia 22 de julho marcou o Dia Estadual de Combate ao Feminicídio e para evidenciar a data, neste ano foi realizada uma conferência (EAD), aberta à comunidade.

Campanha Sinal Vermelho

Em agosto de 2020, quando a Lei Maria da Penha completou 14 anos, a Prefeitura passou a apoiar a campanha do Sinal Vermelho.

Mulheres no Fala Curitiba

O programa de consultas públicas recebeu sugestões da população para compor as leis orçamentárias do município para execução em 2021. Foram computadas 719 participações no eixo de Direitos Humanos, representando um total de 2,87%.

Botão do pânico

Em convênio com o Governo do Estado, o dispositivo passou a ser disponibilizado em julho de 2019. Quando acionado, em virtude de perigo iminente de agressão, o equipamento emite um alerta para que a vítima seja socorrida.

Em Curitiba existem 100 dispositivos e até o momento 60 mulheres já foram beneficiadas com o uso do aparelho.

Sou Curitibana e Sei me Defender

O curso de defesa pessoal, parceria com o Instituto Shogun, foi criado para ensinar ferramentas de defesa às mulheres e nunca encorajar o confronto com o agressor. Mais de 150 mulheres foram formadas.

A ideia, segundo Elenice Malzoni, assessora dos Direitos Humanos e Política para Mulheres da Prefeitura, é que as mulheres aprendam golpes básicos para se defenderam, mas, principalmente, conheçam seus direitos e os locais de acolhimento da Prefeitura – Casa da Mulher Brasileira e Pousada de Maria.

“É aproveitada a aproximação com as mulheres para alertar sobre os sinais de um relacionamento abusivo e para ensinar os direitos contidos na Lei Maria da Penha”, conta Elenice.

A professora de moda Elaine Piovezan é uma das 30 alunas matriculadas e resolveu aprender técnicas de defesa pessoal por ter medo da reação que possa ter diante de uma situação de violência.

“Tenho uma filha de 5 anos e acho importante saber ensinar pra ela como se defender, como perceber o ambiente e se prevenir”, disse Elaine.

 

Diga Não à Violência

Realizado nas dez regionais com o propósito de formar multiplicadoras nas lideranças comunitárias.

Salões de beleza

Outra ação que obteve ótimos resultados foi a capacitação de 300 profissionais de beleza para identificarem sinais de violência nas mulheres e indicarem encaminhamentos aos serviços municipais.

Cleusa Aparecida Mariano é proprietária de uma clínica de estética e se interessou pela capacitação porque ela e a filha já foram vítimas de violência. Segundo Cleusa, é comum receber clientes que vivem relacionamentos abusivos, elas contam suas histórias e é possível ver sinais de violência física.

“Aprendi que a violência transcende classe social e que podemos de várias formas ajudar essas mulheres”, afirmou.

Fortalecimento da Autonomia

Com a oferta de serviços preventivos na área da saúde, estética, qualificação profissional e orientações contra a violência doméstica, o programa Curitiba Teu Nome é Mulher atendeu 2.700 mulheres na Praça Rui Barbosa. O Julho das Pretas, voltado sobretudo para mulheres negras, ofereceu uma programação cultural e educativa em prol da igualdade de oportunidades e contra o racismo e misoginia.

Controle e Participação Social

Realização da II Conferência Extraordinária de Políticas para Mulheres. O ano também marcou a regularização do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres, com a posse das novas conselheiras.

Articulação para revisão dos protocolos e fluxos de atendimento à mulher em situação de violência, com a participação dos conselhos dos Direitos das Mulheres do Município de Curitiba e do Paraná, as secretarias municipal e estadual da Saúde, Hospital de Clínicas, Instituto Médico Legal, Ministério Público, Coordenadoria das Delegacias da Mulher, Delegacia da Mulher de Curitiba, Patrulha Maria da Penha, Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher da Defensoria Pública do Estado do Paraná, Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Paraná.

Prefeitura faz homenagem

Em 2018, para marcar o Dia Internacional da Mulher, todas as administrações regionais tiveram ações culturais, palestras de saúde, debates e encontros, tudo de graça para a população.

Ônibus Lilás

Em quatro anos o Ônibus Lilás percorreu os bairros levando informação e atendimento a mulheres em situação de violência, acolhimento de denúncias e orientações sobre os direitos contidos na Lei Maria da Penha, entre outros serviços. O atendimento é gratuito e já atingiu mais de 25 mil mulheres.

Rede de Atenção à Mulher

O encontro traz temas relacionados à prevenção e assistência aos crimes contra à mulher.

16 Dias de Ativismo

Anualmente, no período de 25/11 (Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra Mulheres) a 10/12 (Dia Internacional dos Direitos Humanos), são realizadas mobilizações educativas. São os 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra Mulheres, com objetivo de prevenir e diminuir as incidências de ocorrências deste tipo de violência.

Em 2020, foram realizadas lives com enfoque no engajamento dos homens para a prevenção de violência contra as mulheres; abordou-se também as violências contra mulheres transgêneras, lésbicas e negras.

Em comemoração ao Dia do Direitos Humanos, ocorreu um webinário com as Assessorias representantes dos Direitos Humanos na Prefeitura.

Cartilha contra o Machismo

Para ampliar o olhar sobre o tema cultura machista e se repensar os padrões de masculinidade, foram elaboradas a cartilha sobre machismo e o folder sobre importunação sexual.

Parcerias

A Assessoria participou de live sobre empreendedorismo feminino com o Movimento Integrado para Empoderamento das Mulheres (UMA).

 

Casa da Mulher Brasileira de Curitiba: 55 mil atendimentos

“Eu vivi um casamento abusivo durante 20 anos, em que na última vez em que meu ex-marido me espancou eu cheguei desmaiada no pronto-socorro. Finalmente fui buscar ajuda na Casa da Mulher Brasileira, fui acolhida, me senti abraçada e me deram dignidade no momento mais difícil da minha vida, quando eu mais precisei”, relata Dani, que prefere não se identificar.

A unidade de Curitiba fez mais de 55 mil atendimentos nos últimos quatro anos – 2.489 mulheres são da RMC -, acolhendo cerca de mil pessoas, entre mulheres e crianças.

Com a pandemia, os órgãos que integram a CMBC, como Juizado de Violência Doméstica, Defensoria Pública e Ministério Público passaram a atender em home office. A Prefeitura manteve de forma presencial os serviços de alojamento, recepção, triagem, atendimento psicossocial, Patrulha Maria da Penha, Guarda Municipal, administração e coordenação e as equipes da Polícia Militar e Delegacia da Mulher.

“A cada dia a gente vem aperfeiçoando o nosso trabalho que é de apoio e assistência para que a mulher consiga romper o ciclo de violência através do empoderamento e tomada de decisão”,  diz a coordenadora da CMB, Sandra Praddo.

Até o final do ano vai ser implantado na Casa o Sistema Iris, um sistema que faz todo o cruzamento de dados das mulheres e interliga todos os serviços.

Ações desenvolvidas
– Apresentações culturais, Ladies Ensemble em 2017;
– Concerto das Rosas em 8 de março de 2018 na Ópera de Arame;
– Exposição cultural da Artista Priscila Prado, “Poemas Desconcertantes”, na Casa da Mulher Brasileira;
– Caminhada Outubro Rosa com as Mulheres do Brasil, aproximadamente 500 pessoas em 2018;
– Caminhada “16 dias de Ativismo” com Mulheres do Brasil;
– Revitalização do Jardim da Casa da Mulher Brasileira pelo Grupo Mulheres do Brasil;
– Pesquisa da UFPR – comunidade acadêmica de pesquisas na Casa da Mulher Brasileira;
– Criação da Pracinha com a árvore da vida no espaço do estacionamento;
– Promoção da II FEIJOAB – Show da cantora Alcione  – OAB-PR/CMA/ CMB;
– Aulas on-line para alunos de medicina, enfermagem, psicologia da Universidade Pequeno Príncipe;
– Curso EAD COERG/PMPR para policiais militares do Estado do Paraná, apresentando os serviços da Casa da Mulher Brasileira no enfrentamento da violência doméstica;
–  I Motocada da Mulher – Prevenir e Viver Melhor – sensibilização de aproximadamente 100 pessoas.

 

Campanha inspira mulheres a saírem de relacionamentos abusivos

A campanha Vire a Página apresenta a experiência de quem sofreu violência e conseguiu romper o ciclo. Os depoimentos de vítimas acolhidas pela Casa da Mulher Brasileira e a Pousada de Maria ganharam espaço em diversas plataformas.

Os vídeos foram exibidos em ônibus, sites e redes sociais; além de informativos impressos, com tiragem de 40 mil exemplares, e ações integradas que incentivaram a superação de situações de violência através de denúncias e acesso aos serviços da rede de atendimento. Desde o lançamento, atingiu cerca de 40 mil pessoas.

A campanha recebeu o Prêmio Best Mídia, nas categorias TV Aberta, TV Fechada e DOOH de mídia digital e foi finalista do Top de Marketing da Associação de Dirigentes de Vendas do Brasil (ADVB – PR).