A expectativa de vida dos paranaenses passou de 77,1 anos para 77,4 anos de 2016 para 2017, um aumento de três meses e 20 dias. O dado são das Tábuas Completas de Mortalidade do Brasil de 2017, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A publicação apresenta as expectativas de vida às idades exatas até os 80 anos e são usadas como um dos parâmetros para determinar o fator previdenciário no cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social.
Segundo o estudo, a expectativa de vida dos homens foi a que mais aumentou, passando de 73,4 anos em 2016 para 74 em 2017 (alta de 0,8%), Entre as mulheres, passou de 80,5 anos para 80,8 (+ 0,37%). 
Entre todos as unidades da federação, o Paraná aparece com a sétima maior expectativa de vida, atrás de Santa Catarina (79,4 anos), Espírito Santo (78,5), Distrito Federal (78,4), São Paulo (78,4), Rio Grande do Sul (78) e Minas Gerais (77,5). No outro extremo, com as menores expectativas de vida, estão Maranhão (70,9 anos) e Piauí (71,2 anos).
Se a situação paranaense não é tão privilegiada, por outro lado a situação do estado fica acima da média nacional. A expectativa de vida do brasileiro passou de 75,8 anos para 76 anos de 2016 para 2017, um aumento de três meses e 11 dias. Entre os homens, aumentou de 72,2 anos em 2016 para 72,5 anos em 2017, enquanto a das mulheres foi de 79,4 para 79,6 anos. 
Ao comentar os resultados do estudo, a pesquisador do IBGE Marcio Minamiguchi disse que a tendência do país é de convergência com o nível dos países desenvolvidos. “Temos uma certa gordura para queimar em relação à expectativa de vida. No Brasil, tendemos a convergir para o nível dos países desenvolvidos, que estão na faixa dos 83 anos. É uma diferença ainda considerável, mas, se pensarmos que existem países na faixa dos 50 anos, vemos que estamos mais próximos dessa faixa superior”.
Segundo o pesquisador, a tendência é que esse aumento continue de forma gradual e cada vez mais lenta, uma vez que o salto dado no passado foi fruto, sobretudo, de uma forte queda na mortalidade infantil.
“Inicialmente, os ganhos se davam pela redução da mortalidade entre os mais jovens, em função da própria natureza dos óbitos. É algo que não necessita de grandes avanços tecnológicos, como a consciência de que é necessário dar água potável para as crianças. O próprio soro caseiro foi importante na década de 1980”, complementou Minamiguchi.

Paraná apresenta a 3ª menor probabilidade de morte de recém-nascidos
Além da expectativa de vida ter melhorado, outro dado positivo com relação ao Paraná trazido pela pesquisa do IBGE é que o estado apresenta a terceira menor taxa de probabilidade de óbito de crianças com até um ano de idade, com 8,9%. Apenas o Espírito Santo (8,4%) e Santa Catarina (8,9%) ficam na frente, enquanto o Amapá apresentou o pior resultado do país (20,3%). 
No cenário nacional, a taxa de mortalidade infantil teve uma melhora, ficando em 12,8 a cada mil nascidos vivos, contra 13,3 em 2016. Já a taxa de mortalidade na infância (de crianças menores de cinco anos de idade) caiu de 15,5 por mil em 2016 para 14,9 por mil em 2017. 
Das crianças que vieram a falecer antes de completar os 5 anos de idade, 85,7% teriam a chance de morrer no primeiro ano de vida e 14,3% de vir a falecer entre 1 e 4 anos de idade. Em 1940, a chance de morrer entre 1 e 4 anos era de 30,9%, mais que o dobro do que foi observado em 2017.