Não dá para cantar vitória antes da hora no futebol, mas dificilmente o Santos não estará na fase de grupos da Copa Libertadores. Com excelente vantagem de 3 a 1 conquistada na Argentina, recebe o San Lorenzo, às 21h30, no estádio Mané Garrincha, em Brasília, podendo até sofrer dois gols que, ainda assim, se garante. Soteldo está de volta ao time titular e Kaio Jorge à disposição.

Confirmando a bem encaminhada classificação, o Santos estará no Grupo C, ao lado de Boca Juniors, Barcelona de Guayaquil e The Strongest. O primeiro encontro será contra os equatorianos, dia 20 de abril, às 19h15, na abertura da próxima etapa.

Ariel Holan prometeu um futebol ofensivo no Nuevo Gasômetro, em Buenos Aires, e cumpriu. Seguirá à risca a tática que deu certo na ida, nesta terça-feira, em Brasília. E, com o retorno do venezuelano Soteldo, a promessa é de uma equipe ainda mais forte ofensivamente.

Sob o batido lema de que o ataque é a melhor defesa, buscará abrir o placar logo no Mané Garrincha para aumentar ainda mais a vantagem e frear uma possível pressão dos desesperados argentinos. Uma aposta no que já havia dado certo contra o Boca Juniors, na semifinal da edição passada, na época sob a direção de Cuca.

Uma blitz inicial rendeu gol e abriu caminho para aquela expressiva vitória por 3 a 0. Holan vem encantando com seu jeito ousado de escalar os titulares e espera repetir a dose. Garantir-se na Libertadores é vital para o time ganhar tranquilidade na volta ao Paulistão, onde não faz bom papel justamente por poupar as principais peças.

Além de Soteldo, o Santos pode ter outra novidade no ataque. Kaio Jorge se recuperou de contusão e já vem treinando há alguns dias. Seu retorno depende apenas de Holan. O centroavante disputa vaga com Marcos Leonardo.

Desde os 2 a 0 sobre o Coritiba, há dois meses, no Brasileirão, que o Santos não escala seu trio ofensivo titular com Marinho, Soteldo e Kaio Jorge. Nas demais posições, o treinador argentino repete a escalação utilizada na Argentina. O esquema 4-3-3 também será repetido.

Em sua “missão impossível”, o técnico Diego Dabove vai se render aos irmãos Romero desde o início juntos pela primeira vez na edição da competição. Óscar e Angel andaram se desentendendo com o treinador e alguns companheiros e vinham se revezando na equipe. A esperança é que resolvam juntos.

Apesar de a tarefa ser complicada, os argentinos já conseguiram vencer por 3 a 0 no Brasil, não faz muito tempo. Em 2017, pela fase de grupos, superou o Athletico-PR pelo resultado necessário e espera repetir a dose em Brasília. Quando foi à final em 2014 fez 3 a 0 no Botafogo, mas no Nuevo Gasômetro.