As negociações entre especialistas do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e presos da Casa de Custódia de Curitiba foram retomadas nesta manhã de quarta-feira, 4, segundo as informações a assessoria do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen). A rebelião começou no úlitmo domingo, 1º, na Galeria 1. Desde o início, os custodiados rebelados mantêm quatro agentes penitenciários como reféns. Não há informações sobre o que os presos estariam pedindo e, segundo o Depen, não há informações sobre cortes de água e luz no local.

Porém, segundo vídeos que foram repassados aos familiares dos presos, o fornecimento de água e energia teria sido cortado no meio das negociações. Os detentos rebelados, em vídeo, ameaçam os reféns com facas. O vídeo abaixo foi divulgado nesta manhã de quarta-feira, 4, após a governadora Cida Borghetti afirmar, em entrevista, que "tudo estaria tranquilo em relação a rebelião".  Essas declarações foram rebatidas pelo presidente do sindicato que representa os agentes penitenciários. 

 

 

 

Um quinto agente, que chegou a ficar sob o controle dos detentos, foi libertado poucas horas após o início do motim, com ferimentos leves. O Departamento Penitenciário do Paraná (Depen) informou, em nota, que não tem conhecimento sobre outros agentes ou presos feridos.

A rebelião começou quando agentes penitenciários foram rendidos ao fazer a contagem dos presos da Galeria 1. A Seção de Operações Especiais do sistema prisional estadual conseguiu evitar que o tumulto se espalhasse para as outras duas galerias existentes na Casa de Custódia, não conseguindo, no entanto, evitar que os cinco agentes fossem mantidos como reféns.

Com capacidade para 500 detentos, abriga a cerca de 600 homens. A estimativa é que pouco menos de um terço dos detentos esteja participando da rebelião, segundo o Depen.