SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Neste sábado (19), começou a operar um catamarã exclusivo para a travessia de pedestres entre São Sebastião e Ilhabela, no litoral norte de São Paulo.


Com ar-condicionado, a embarcação tem capacidade para transportar até 370 passageiros, incluindo 33 ciclistas e sairá de meia em meia hora. A reforma do catamarã custou R$ 3,6 milhões.


Não haverá cobrança de passagem nos primeiros quatros meses de operação, segundo a Dersa. As prefeituras das duas cidades estudam cobrar tarifas diferentes para moradores e turistas depois desse período.


No primeiro dia de operação, das 10h às 18h, em 14 viagens, foram transportados 1.067 pessoas e 131 bicicletas, totalizando 1.198 passageiros.


Antes da chegada da embarcação, os pedestres viajavam gratuitamente nas mesmas balsas usadas pelos automóveis. 


A partir de agora, os passageiros serão transportados apenas no novo catamarã –pelo menos durante a fase experimental. Isso possibilitará um aumento de cerca de 30% da capacidade de veículos nas balsas.


Trecho mais popular durante a temporada, São Sebastião-Ilhabela tem histórico de problemas de manutenção, balsas indisponíveis e atrasos. Com frequência, o tempo de espera para o embarque de carro supera as três horas.


Segundo a Dersa, empresa que administra o serviço, ainda não há previsão de chegada de uma oitava balsa, para desafogar a demanda.


A empresa que executava a reforma da embarcação, com capacidade para 40 veículos, não cumpriu as obrigações legais, de acordo com a Dersa. Agora, a segunda empresa classificada no processo licitatório será convocada para seguir com a remodelação da balsa.


Para transportar os turistas pelas praias do arquipélago do litoral norte de São Paulo, a Prefeitura de Ilhabela comprou três ônibus aquáticos. Mas, como mostrou a Folha, há pelo menos três anos eles estão sem uso.


As embarcações foram projetadas para integrar o sistema público de transporte marítimo na ilha, do qual faz parte a balsa –e agora o catamarã– que fazem a travessia a São Sebastião. 


A opção de transporte é esperada por representar uma alternativa às ocasiões em que condições climáticas adversas interrompem o funcionamento das balsas.


A primeira embarcação chegou à cidade em março de 2015. Elas foram construídas sob medida e pagas com recursos dos royalties do petróleo. Comportam 60 pessoas sentadas e têm banheiro adaptado, ar condicionado, TV e som ambiente. Podem acomodar até quatro pranchas de surfe e seis bicicletas.


Com custo estimado em R$ 4,5 milhões, os três ônibus aquáticos não atendem os requisitos de acessibilidade e, por isso, não podem ser usados, de acordo com o prefeito de Ilhabela, Márcio Tenório (MDB).