SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Embraer estima demanda global de 10.550 aeronaves comerciais com capacidade para até 150 assentos nos próximos 20 anos.

Esse segmento do mercado é avaliado em US$ 600 bilhões (R$ 2,3 trilhões) e é hoje uma aposta da companhia, que atualmente lidera a produção desses modelos.

As informações estão em documento divulgado neste domingo (15) pela Embraer, no qual ela traça cenários para seu negócio no período de 2018 a 2037.

A avaliação da empresa é que os modelos de até 150 assentos estão mais bem posicionados para combinar eficiência de custos e maior receita por unidade, em um cenário como o atual, mais difícil em termos de lucratividade.

Segundo a Embraer, a nova linha de produtos desse segmento tem um custo por viagem aproximadamente 20% menor e desafia a tese de que aeronaves menores necessariamente têm custos por assento maiores.

“O desempenho passado não é garantia de resultado futuro. Apesar do crescimento da indústria ter superado todas as expectativas nos últimos anos, estamos nos preparando para um período de aumento de custos, com contínua pressão por aumento da rentabilidade”, afirmou em nota o presidente da Embraer Aviação Comercial, John Slattery.

“Os lucros estão caindo e os ganhos desaparecendo com o aumento de custos.”

A companhia avalia que a maior demanda por aviões de 150 assentos virá da Ásia-Pacífico (28%), América do Norte (27%) e Europa (21%).

De acordo com a Embraer, a frota de aeronaves em serviço deve aumentar quase 80%, de cerca de 9.000 para 16 mil no período.

A demanda por novos jatos será impulsionada pelo crescimento do mercado (65%) e também pela reposição de aviões antigos (35%).

Neste mês, Embraer e Boeing anunciaram acordo em que a americana a acertou a compra de 80% da divisão de jatos comerciais da brasileira por US$ 3,8 bilhões (R$ 14,9 bilhões).