Enquanto novas estatísticas da microcefalia e suas consequências para as famílias são noticiadas diariamente, o impacto para gestantes e pretendentes está incerto. Uma pesquisa realizada pelo site Trocando Fraldas investiga as impressões das mulheres sobre a doença e como o planejamento familiar é afetado. A sensação do perigo real afeta o dia a dia das gestantes e, em combinação com a falta de informações conclusivas, faz com que muitas mulheres considerem adiar a gravidez. Somando todos os grupos de mulheres afim de ter filhos, até 49% podem optar por não ter agora, caso a expansão da microcefalia não seja contida, mostra a pesquisa.
Nos últimos dois anos houve pouco menos de 3 milhões de nascimentos no Brasil. Este número vem caindo devido à taxa de fecundidade decrescente, o que resultará em uma sociedade cada vez mais envelhecida. Caso a microcefalia se torne apenas temporalmente epidêmica e leve a mais adiamentos de gestação, ela tem o potencial de acelerar o envelhecimento. A pesquisa foi realizada através de um questionário com 7 a 14 perguntas no final de cada post do site entre os dias 2 e 6 de março de 2016. A participação de todas as partes do Brasil com 1.446 entrevistadas foi voluntária e aleatória.