Rodrigo Félix Leal/ANPR – Mais leitos para atender a demanda da Covid e da gripe H3N2: para não deixar pacientes na mão

O Governo do Estado reativou mais 310 leitos para atendimento preferencial à Covid-19 e H3N2 desde sábado. São 210 enfermarias e 100 Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Agora, o Paraná possui 599 UTIs e 806 enfermarias.

“Com o aumento no número de casos confirmados de Covid e Influenza no Estado, precisamos deixar mais leitos à disposição para continuar garantindo que nenhum paciente fique desassistido”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Estes leitos foram distribuídos nos seguintes municípios: Apucarana (29 enfermarias), Bandeirantes (20 enfermarias), Cascavel (20 UTIs e 28 enfermarias), Cornélio Procópio (11 enfermarias), Dois Vizinhos (8 enfermarias), Foz do Iguaçu (60 UTIs e 67 enfermarias), Guaraniaçu (16 enfermarias), Maringá (10 enfermarias), Nova Aurora (10 UTIs e 10 enfermarias), Palotina (10 UTIs) e Ponta Grossa (11 enfermarias).

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) já havia anunciado a reabertura de leitos devido à predominância da variante Ômicron da Covid-19 e a epidemia de Influenza H3N2.

Desde o início deste ano, 554 leitos já foram reativados, sendo 167 UTI’s e 387 enfermarias. A previsão da secretaria é que pelo menos mais 205 leitos clínicos retomem o atendimento ainda neste mês.

“Mais do que disponibilidade de leitos, precisamos contar com a colaboração das pessoas em continuarem se vacinando, seja com a segunda dose ou dose de reforço, além do uso de máscaras e cuidados não farmacológicos”, ressaltou Beto Preto.

Na semana passada, o Ministério da Saúde informou que vai prorrogar por mais 30 dias a ajuda de custos para a manutenção de leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs) dada a estados e municípios. Em nota, a pasta informa que a prorrogação abrange o custeio para 14.254 mil leitos de UTI Covid-19 adulto e pediátrico.

A prorrogação das UTIs é uma demanda do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
O país vem registrando aumento de pessoas contaminadas pela Covid-19, em especial pelo crescimento do número de doentes infectados pela variante Ômicron.

Velocidade de transmissão tende a acelerar com a variante em circulação

A velocidade de transmissão do novo coronavírus no estado do Rio de Janeiro está em patamar crítico e tende a acelerar ainda mais, segundo análise divulgada ontem pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). De acordo com o Covidímetro, estudo elaborado Grupo de Trabalho (GT) Multidisciplinar para Enfrentamento da Covid-19 da UFRJ, cada 100 pessoas infectadas pelo SARS-CoV-2, na semana de 9 a 15 de janeiro, infectaram mais 254.

Vice-coordenador do GT, Guilherme Horta Travassos explica que a taxa de transmissão não chegava a patamares tão altos desde os meses de fevereiro e março de 2020, quando o vírus iniciava a primeira onda de infecções.

Na capital, a transmissão é ainda mais acelerada, com taxa de 2,61 novas infecções a cada caso confirmado.

“Em processos pandêmicos, valores acima de 1 são considerados preocupantes, e, acima de 2, bastante preocupantes, bem críticos”, explica Travassos, que é professor de engenharia de sistemas e computação da Coppe/UFRJ e fez parte da elaboração do modelo que calcula a taxa de transmissão. “E já se percebe nos dados atuais um aumento no número de casos. Então, a expectativa é que, talvez, os valores possam aumentar para a semana seguinte. É uma situação de bastante preocupação”.

O risco de uma taxa de transmissão tão acelerada, explica ele, é um colapso na prestação de serviços, o que não se restringe ao atendimento hospitalar. “Quando as pessoas testam positivo ou têm contato com pessoas adoentadas, elas precisam ficar isoladas, então, as empresas deixam de ter seus times completos. Com isso, vemos até empresas aéreas que não conseguem colocar aviões no ar”, exemplifica. “Se a gente não der um jeito de frear essa aceleração, se não reduzir essa velocidade, a situação vai ser muito complicada.”

Paraná
O Paraná também vê os casos aumentarem por causa da Ômicron. O Estado foi responsável ao longo da última semana por 7,49% dos casos novos de Covid-19 registrados em todo o país. Foram mais de 100 mil diagnósticos da doença divulgados pela Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa-PR), com o estado apresentando ainda a segunda maior taxa de incidência entre todas as unidades federativas.

Vacina

Curitiba faz repescagem para crianças 

Nesta terça-feira (25), a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba fará repescagem da vacinação contra Covid-19 para crianças e adolescentes nascidos, até 31 de dezembro de 2011, com imunizantes da Coronavac. A convocação é para oportunizar que as crianças e adolescentes, que já foram convocados e não puderam comparecer na data da aplicação, coloquem a situação vacinal em dia. Neste dia não haverá aplicação de imunizante da Pfizer para primeira dose.

Adultos que ainda não receberam a primeira dose da vacina também poderão receber a vacina durante a repescagem.

Boletins Covid-19

Dia 24/01

Curitiba
Novos casos 3.380
Mortes 2
Total
Casos 341.668
Mortes 7.847

Paraná
Novos casos 11.384
Mortes 17
Total
Casos 1.818.210
Mortes 40.780

Brasil (Conass)
Novos casos 83.340
Mortes 259
Total
Novos casos 24.127.595
Mortes 623.356