Ao Estadão, Lázaro Ramos comenta como carreira de ator e os filhos o inspiram.

Como se deu sua relação com a literatura infantil?

A princípio, eu escrevia para ter companhia, nem entendia que era literatura infantil. Eram assuntos que eu queria falar e ia colocando no papel, porque eu achava que seria um lugar sem julgamento. Mas, não tinha a pretensão de ter uma carreira de escritor, isso foi acontecendo. Hoje em dia, entendo que esse é o jeito que a minha cabeça funciona. Tenho um olhar bem-humorado, sou emotivo e lúdico.

A paternidade influenciou em seu trabalho como autor infantil?

Com certeza. Muito do que escrevo é da minha observação e experiência como pai. Antes, eu escrevia para a criança que eu fui. Hoje, eu escrevo para os adultos que eu quero que meus filhos sejam.

Como seu trabalho como ator impacta em suas obras?

Eu escrevo como cenas, vivo as cenas e fico pensando: “Quais são as sensações que esses momentos vão trazer?”. A literatura infantil acaba me ajudando a manter acesa essa criança, que é a maior ferramenta que um ator pode ter para a criatividade.

Qual é a importância da leitura na infância?

Acho essencial para o desenvolvimento e até para o relacionamento entre pais e filhos. Mas, nós, adultos, precisamos trabalhar a linguagem certa para estimular que as elas leiam, para que não caia em um lugar de obrigação, e sim lazer e companhia. Lá em casa, meus filhos são estimulados desde cedo. Seja um livrinho no banheiro, conversar com eles para saber que assunto os interessa, ficamos atentos em que desenhos eles assistem ou até que matéria estão tendo na escola.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.