Reprodução de TV – Bolsonaro

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL), fez nesta sexta-feira (23) à noite um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV sobre as queimadas na Amazônia. Ele falou que o governo está atento com os acontecimentos, que o incêndio será combatido por agentes do governo e que a disseminação de mensagens falsas não ajuda. Além disso, alfinetou outros países.

“Espalhar dados ou mensagens infundadas não ajuda a resolver o problema”, disse Bolsonaro, no pronunciamento. A guerra de dados aumentou a polarização dos que são contra e dos que são a favor do governo federal.

Segundo Bolsonaro, o problema da destruição da Amazônia é essencialmente climático e não é ligado a desmatamento ilegal. “Estamos numa estação quente e seca”. E disse que, por sua formação militar, o combate ao incêndio será prioridade.

O presidente disse também que as queimadas não são motivo para que o Brasil sofra sanções de outros países. “Incêndios ambientais ocorrem em todos os lugares do mundo e isso não pode ser pretexto para sanções”, declarou. Em outro momento, ele alfinetou outros países do mundo. “Diversos países desenvolvidos não conseguiram avançar nos seus compromissos com o acordo (ambiental) de Paris”.

Bolsonaro ressaltou ainda que a Amazônia é cheia de riquezas. “Estamos cientes disse e atuando para combater o desmatamento ilegal”, afirmou. “É preciso lembrar que naquela região vivem 20 milhões de brasileiros, que há anos aguardam um desenvolvimento proporcional às riquezas ali existentes”.

O presidente disse ainda estar ciente das queimadas e que o governo não está “satisfeito” com o que está assistindo, e que por isso vai atuar “fortemente”. “Tenho profundo amor e respeito pela Amazônia. A proteção da floresta é nosso dever”, afirmou. De acordo com ele, o governo vai combater o desmatamento. “Este é um governo de tolerância zero com criminalidade. E nesta área não será diferente”, disse. “para proteger a Amazônia, não bastam operações de fiscalização, comando e controle”.

O presidente ressaltou alguns pontos do decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) assinado por ele no fim da tarde. Ele disse que o governo vai oferecer ajuda a todos os Estados da Amazônia Legal. Bolsonaro disse ainda que o Brasil tem uma matriz energética limpa, renovável e, com ela, dá importante contribuição ao planeta.