Valquir Aureliano – Esporte é importante em todas as faixas etárias

Quando se vê um atleta brilhando no cenário esportivo, muito se especula sobre os fatores que formam o vencedor para que se chegue até o auge de desempenho
ou conquista. Para responder aos questionamentos, Ronie Hornos, técnico das equipes de Beisebol e Atletismo do Colégio Presbiteriano Mackenzie Tamboré, ressalta que é preciso considerar a condição genética do indivíduo, o preparo específico para a competição em questão e a trajetória do atleta. “Sendo assim, vamos aqui considerar que, por não se poder alterar a genética, e que é óbvio que o treinamento, para uma performance excelente, é algo implícito, podemos admitir que a maior variante nessa relação de sucesso é o caminho percorrido até essa vitória”, explica.

Ele reitera que tudo deve ser considerado. “Sobretudo por considerarmos que estamos lidando com a parcela que tem uma imensa quantidade de tempo envolvida, em comparação com os outros fatores, podendo, assim, ser influenciada ao longo de toda a vida pregressa do referido campeão”, diz,

Hornos lista um conjunto de habilidades que compõem o arsenal desse atleta e que, para dar as respostas pretendidas, é importante ser trabalhado desde os primeiros estímulos. O técnico lista os desafios que um indivíduo é exposto; ou ainda aventuras que a adolescente pudera desfrutar e, também, nos treinamentos.

Ainda segundo o técnico, todas as faixas etárias recebem algum tipo de influência do crescimento e desenvolvimento físico, cognitivo, psicológico e emocional do indivíduo. Hornos afirma que é fundamental que esteja no percurso desta atleta a administração do esporte com sabedoria, oportunidade e intensidade adequada.

Por isso,conforme Hornos, é impossível desvincular esses anos de vida pré-desportiva da vida escolar. Por mais que o meio não escolar possa ser rico em estímulos atléticos, a escola detém a criança e o adolescente pela maior parcela de tempo desse crescimento. “Um contato longo e contínuo dá a oportunidade de, enquanto escola, se aplicar educação esportiva como ferramenta de formação e educação”, defende.

Os benefícios de qualquer aprendizado extrapolam seu objetivo específico, proporcionando ao aprendiz amplitude de conhecimentos. Ele acredita que o esporte, por sua vez, ensina sobre trabalho em grupo, organização, hierarquia, controle emocional, estratégia, liderança, além das contribuições físicas e técnicas”, diz. Ele defende ainda que o aprendizado esportivo escolar, além de ampliar o acervo motor, igualmente abastece o indivíduo de conhecimentos, transformando-o em alguém mais capaz, preparado e formado, para uma vida de conquistas e protagonismo. Isso de uma forma geral, como uma caixa de ferramentas é mais completa e diversa que um canivete suíço.

Hornos coloca esse diferencial como um dos critérios que os pais devem procurar na hora de escolher a escola do filhos. “Esse componente escolar pode (e deve) ser considerado também pelos pais, quando forem matricular seus filhos, pois ampliar o leque de atuações que seus filhos possam vir a ter quando formados é inegavelmente vantajoso”m, diz. “ Enquanto em uma mão temos alunos devidamente educados fisicamente e intelectualmente, ainda que longe de cenário de vida esportiva, em outra temos, não só no Brasil, mas sobretudo em países como Estados Unidos e Canadá, as opções de ingresso em universidades e colleges, pelo perfil esportivo, ou ainda pela prática propriamente dita de determinadas modalidades esportivas como profissão, essas últimas com possibilidades de contratos milionários no Brasil e exterior.”

Para Hornos essas possibilidades representam mais oportunidades de êxito oferecidas aos indivíduos em formação.”O gol de placa estaria na instituição que, juntamente com a visão do seu cliente (o pai), vislumbrasse esse terreno deserto como caminho a percorrer, investindo formalmente em seus alunos no âmbito esportivo, de modo que se tornassem um diferencial no cenário nacional, que hoje não tem representantes entre as instituições escolares de forma a povoarem as ‘peneiras’ e drafts de universidades que anseiam por praticantes de todo o mundo”, explica.

O técnico esclarece que isso não é capaz de criar um campeão. No entanto, reitera que é parte do caminho necessário para que esse futuro atleta tenha bom desempenho, tanto na vida esportiva quanto na vida escolar.