SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os governos da Alemanha e da Espanha manifestaram nesta quinta-feira (24) apoio a Assembleia Nacional da Venezuela na condução de novas eleições, um dia depois que o presidente desse órgão, Juan Guaidó, se declarou presidente interino do país, no lugar do ditador Nicolás Maduro.


“O povo venezuelano é corajosamente compromissado com um futuro livre para o país”, afirmou o porta-voz do governo alemão, Steffen Seibert. “Isso requer um processo político que leve a eleições livres. Assembleia Nacional, democraticamente eleita, tem um papel especial aqui.”


“Temos de evitar que as coisas piorem e isso exige sem dúvida um processo de intervenção para garantir a única saída possível, que são eleições”, afirmou o chanceler espanhol, Josep Borrell.


“O cenário mudou radicalmente. Há mortos, houve uma ação violenta. Não podemos estar como estávamos anteontem”, acrescentou Borrell. 


Segundo dados da ONG Observatório Venezuelano de Conflitividade Social houve 14 mortos desde o início dos protestos, na noite de terça-feira (22), um dia antes da marcha massiva em apoio a Guaidó.


A Comissão Europeia, poder executivo da União Europeia, não reconheceu oficialmente a Guaidó como líder do país e também defendeu novas eleições.


“Apoiamos as forças democráticas no país”, afirmou uma porta-voz da comissão.


“Nosso principal foco é no desenrolar dos fatos na Venezuela. Estamos dando apoio à Assembleia Nacional e gostaríamos de um processo político que leve a eleições.”