Geraldo Magela/ Agência Senado

Ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa faleceu na tarde deste sábado (14 de agosto), aos 68 anos. Ele ficou conhecido nacionalmente por ter sido o preso no âmbito da Operação Lava-Jato, em 2014, e por ter se tornado o primeiro delator de esquemas de corrupção na estatal.

Não foi divulgada ainda qual a causa da morte de Costa, mas seu falecimento foi confirmado pelo jornal O Globo junto a familiares dele.

Costa, que teria sido indicado ao cargo na Petrobras pelo Partido Progressistas (PP), foi preso depois do doleiro Alberto Yousseff, seu parceiro de negócios. Os dois, inclusive, são paranaenses: o doleiro é de Londrina, no norte do Paraná, enquanto Costa, que era engenheiro, é de Telêmaco Borba, na região dos Campos Gerais.

Conhecido como ‘delator-bomba’, Paulo Robero Costa revelou, em acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF), esquemas que ajudaram a enriquecer ilegalmente políticos e confessou ainda ter recebido subornos de empreiteiras que faziam um cartel na estatal.

Entre as figuras delatadas por Costa estão nomes como Antonio Palocci, ex-ministro da Casa Civil, e o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral. Além disso, ele deu informações que resultaram em investigações contra nomes o atual ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), o senador Renan Calheiros (MDB) e os ex-senadores Romero Jucá (MDB) E Edison Lobão (MDB).

Ao fechar o acordo de delação com o MPF< Costa renunciou a cerca de US$ 23 milhões que mantinha numa conta na Suíça e outros US$ 2,3 milhões em Cayman.

Engenheiro formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), Costa ingressou na Petrobras em 1977 e era servidor de carreira quando assumiu a diretoria de abastecimento da empresa, cargo que ocupou entre 2004 e 2012.