O ex-diretor da Secretaria de Educação do Paraná (Seed) Maurício Fanini assinou ontem acordo de delação premiada com o Ministério Público do Paraná (MP-PR). Fanini comandou um esquema de corrupção na construção e reforma de escolas estaduais que foi descoberto e investigado pela  Operação Quadro Negro.
Ele está preso desde setembro de 2017, mas começou a prestar depoimento ontem. Fanini é réu em três ações e apresentou provas para validar os depoimentos. No final de outubro,  o MP pediu à Justiça a condenação de Fanini, do empresário Eduardo Lopes de Souza, dono da Valor Construtora, e de outros 12 réus acusadas de corrupção, lavagem de dinheiro, fraude a licitação e falsidade ideológica por envolvimento em um esquema de desvio de recursos de obras em escolas estaduais.
No acordo assinado com o MP-PR, Fanini vai citar dezenas de empresários que, segundo ele, pagaram propina para bancar campanhas eleitorais do ex-governador Beto Richa (PSDB). O tucano nega qualquer irregularidade.
O Ministério Público apurou nesta ação o desvio de pelo menos R$ 30 milhões dos cofres públicos por meio de medições falsas feitas em obras de escolas estaduais e liberação de valores à Valor por trabalhos não realizados ou incompletos.