A  5ª Região Militar (5ª RM) realizou uma força tarefa em parceria com o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) para a destruição de armas recebidas em Fóruns de diversas Comarcas paranaenses.

Nos estados do Paraná e Santa Catarina já foram destruídas pelo Exército, neste ano, mais de 14 mil armas oriundas da Justiça de vários tipos e calibres. A expectativa é totalizar 18 mil armas destruídas. Uma parte do arsenal foi reunido nesta quarta-feira (13/12), no 5º Grupo de Artilharia de Combate Autopropulsado (5º GAC AP), no Bairro Boqueirão. A ação ocorrerá em outras cidades do Paraná e Santa Catarina durante o mês de Dezembro.

Um blindado destruiu as armas que posteriormente serão incineradas em usinas siderurgia.  Especificamente no Paraná, o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) irá terminar o ano de 2017 com mais de 12 mil armas e 86 mil munições entregues ao Exército para destruição, provenientes de todas as 161 Comarcas do estado. Esses materiais foram retirados das unidades judiciais após não serem mais necessários para a condução do processo judicial.

Para a concretização das ações ao longo de 2017 houve também a participação da Polícia Militar (PM-PR) com a realização de diversas escoltas para transportar os armamentos e munições dos Fóruns às unidades do Exército.

A ação foi realizada em cumprimento a um Acordo de Cooperação Técnica, firmado no dia 21/11 entre o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Exército Brasileiro (EB), documento este assinado pelo comandante do Exército, General Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, e pela presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do CNJ, ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha. São iniciativas que o País está precisando muito para essa questão mais grave que a nossa sociedade enfrenta, destacou o General Villas Bôas.

Em 2011 o CNJ publicou a Resolução 123, que determina que os tribunais encaminhem, ao menos duas vezes ao ano, armas de fogo e munições apreendidas ao Exército para destruição. De 2011 a 2016 pelo menos 320 mil armas juntadas aos processos foram entregues para destruição ou doação em todo o Brasil. Somente no Paraná esse número ultrapassa 70 mil no período.

Segundo a Assessoria Militar do TJ-PR, é importante retirar essas armas dos Fóruns para garantir a segurança de magistrados, servidores e da própria sociedade. Se uma ação de grandes proporções como essa não tivesse sido realizada, os armamentos (alguns apreendidos há vários anos em ações da Polícia Militar e da Polícia Civil) poderiam voltar ao crime organizado.