A passagem dos 30 anos do primeiro comício nacional pelo movimento das Diretas Já, realizado em Curitiba em 12 de janeiro de 1984, foi marcada pela abertura de uma exposição na Boca Maldita. A mostra 30 anos: 1º Comício Diretas Já – Curitiba, realizada pela Prefeitura e produzida pela Secretaria Municipal da Comunicação Social, é apresentada em um ônibus biarticulado, que ficará estacionado na Boca Maldita, no Centro da capital. O ônibus permanecerá no local até o próximo dia 23 e poderá ser visitado entre 11h e 21 h, sendo que até as 17 horas o público contará com o apoio de oito monitores. Depois, a mostra deverá passar durante seis meses pelas nove regionais para que a população dos bairros também tenha acesso mais fácil a essa memória.

A abertura da exposição foi realizada na manhã deste domingo (12) na presença do prefeito Gustavo Fruet, do secretário municipal de Governo, Ricardo Mac Donald Ghisi, do presidente da Fundação Cultural de Curitiba (FCC), Marcos Cordiolli, do presidente da Câmara de Vereadores, Paulo Salamuni, e do líder na Câmara, o vereador Pedro Paulo, entre outros participantes do primeiro comício nacional e de profissionais da comunicação que atuaram no movimento pelas Diretas Já.

Na mesma ocasião, o prefeito descerrou a placa pela revitalização da Praça Osório, feita pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, e pelo restauro da estátua em homenagem a Teotônio Villela, defensor da democracia no Brasil e reconhecido como Guerreiro da Paz. Assinada pelo artista Basso, a escultura de dois metros de altura foi inaugurada há exatos 30 anos, pelo então prefeito Maurício Fruet. Dentro do projeto de revitalização, a Praça Osório recebeu nos últimos dias obras de paisagismo, pintura, reparo nos arcos de proteção, reposição de floreiras, pintura, roçada e poda de árvores.

Memória – O prefeito Gustavo Fruet afirmou que o evento serve para as pessoas que participaram do movimento relembrarem e para contar às futuras gerações como o Brasil avançou. Vivemos um momento diferente no Brasil, cada época tivemos reivindicações diferentes, passamos pela anistia, eleições diretas, eleição presidencial, impeachment e hoje temos outras demandas, uma sociedade que quer um serviço público mais eficiente, discussão sobre a Copa, cicloativismo, a sociedade vai assumindo outras causas e outras formas de manifestação, analisou Fruet.