Divulgação – Os soldados Schofield e Blake na trincheira no filme ‘1917’: imersão para a plateia

Quando as apostas para vencer o Oscar começaram, os filmes mais baladados eram ‘Coringa’, de Todd Philips, ‘O Irlandês’, de Martin Scorsese, e ‘Era Uma Vez… em Hollywood’, de Quentin Tarantino. Contudo, na premiação do Globo de Ouro, no dia 5 de janeiro, eles foram superados por ‘1917’, de Sam Mendes, que vinha comendo pelas beiradas. O Globo de Ouro é rotulado como uma prévia do Oscar. Ou seja, ‘1917’ foi catapultado a favorito ao Oscar. E mais ainda depois que venceu, na última semana, o prêmio de melhor filme do Sindicato dos Produtores – outra “prévia” do Oscar. O favoritismo aumenta porque ‘1917’ – que estreia hoje – é um filme de guerra, algo que os norte-americanos adoram.

Ao contrário dos outros rivais no Oscar, ‘1917’ não tem atores famosos como protagonistas. Os personagens principais são os soldados Blake (Dean-Charles Chapman, de ‘Game of Thrones’) e Schofield (George MacKay, de ‘Capitão Fantástico’). Atores com mais peso estão em papéis menores, como Colin Firth (como o general Erinmore), Mark Strong () e Benedict Cumberbatch (coronel MacKenzie).

O peso, no caso, fica sob a direção de Sam Mendes (oscarizado por ‘Beleza Americana’, de 1999). Ele também assina o roteiro, que é baseado “vagamente” em fatos reais – no caso, a Primeira Guerra Mundial, que durou de 1914 a 1918. Em um podcast da revista ‘Variety’, o diretor disse que o filme se baseia em um relato de seu avô, Alfred Mendes, que lutou nessa Guerra. “Havia uma história que era um fragmento do relato de meu avô, que lutou na Primeira Guerra. Era a história de um mensageiro que tinha um recado para levar. E isso era tudo que podia contar”, afirmou ele.

Apesar dessa conexão com a realidade, os personagens de ‘1917’ não existiram de verdade. Nem mesmo a ambientação é uma coisa historicamente confirmada. Segundo o site ‘History and Hollywood’, o filme seria um pequeno recorte ocorrido durante a batalha de Passchendaele ou durante a terceira batalha de Ypres, ambas em 1917. No filme, dois soldados, Blake e Schofield, têm a missão de entregar uma mensagem para impedir um ataque. Se concretizado, esse ataque custaria a vida de 1.600 soldados, incluindo um irmão de Blake.

A direção, por si só, chama atenção. O filme parece ter sido feito em uma tomada única, do começo ao fim. Na verdade, são takes contínuos, de cerca de 8 minutos cada um, montados de forma que se encaixam uns aos outros sem a sensação de que haja cortes. Isso dá a ideia de um movimento contínuo em meio a soldados que avançam por trincheiras e campos enlameados.

A técnica usada por Mendes não é inédita. Foi usada por Alfred Hitchcock em ‘Festim Diabólico’, de 1954. Feito como uma peça de teatro, em um único ambiente, foi um dos primeiros longas-metragens a dar a ideia de tomada única. ‘1917’ também lembra ‘Dunkirk’, de 2017, dirigido por Christopher Nolan. Em ambos, os diretores fazem com que o espectador se conecte à realidade de soldados com participação em um pequeno recorte da Guerra Mundial e que só querem voltar para casa. Com todos esses predicados, ‘1917’ pode fazer Sam Mendes voltar para casa com um monte de Oscars na mão no dia 9 de fevereiro. Indicações não faltaram: 10 ao todo, incluindo melhor filme, melhor diretor e melhor roteiro original – essas três últimas, todas para Mendes.


‘Um Espião Animal’ satiriza filmes de espionagem

Filmes de espionagem se tornaram uma figurinha fácil nos cinemas. Desde ‘007’, passando por ‘Missão Impossível’ e a franquia Bourne, até as paródias, como ‘Austin Powers’. Dito isso, a animção ‘Um Espião Animal’, que estreia hoje, tem como mérito a sátira com um bom tom de comédia, ao contrapor o superespião Lance Sterling ao nerd Walter Beckett.

Beckett fabrica equipamentos não letais e por isso não é levado a sério quando acaba demitido pelo espião. Mas Sterling é colocado de gaiato em uma conspiração e tem que recorrer ao ex-ajudante. As coisas pioram quando o espião ingere uma fórmula desenvolvida por Beckett e acaba se transformando em um pombo. Eis que Sterling descobre as vantagens de ser um pombo no ramo da espionagem… A animação equilibra ação e humor e explora bem o carisma dos personagens. 


‘O Melhor Verão das Nossas Vidas’ traz as BFF Girls

Bia Torres, Giulia Nassa e Laura Castro eram cantoras mirins que se conheceram no programa de TV ‘The Voice Kids’ em 2016/2017. Depois do programa, elas se juntaram para fazer covers musicais. O grupo passou a se chamar BFF Girls. E alcançou sucesso: o canal do trio entrou no Top 10 em números de views na VEVO em 2018. Vieram prêmios e um disco, lançado em 2019. Dai para o cinema foi um passo. Elas estão em ‘O Melhor Verão das Nossas Vidas’, que estreia hoje.

No filme, Bia, Giulia e Laura (as BFF Girls) conseguem uma chance de participar de um Festival de Música no Guarujá (SP). Só que os planos delas vão por água abaixo quando elas descobrem que ficaram de recuperação na escola. Assim, elas terão uma missão arriscada pela frente: ir ao Festival sem que os pais fiquem sabendo.