A Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio) terá um representante nas reuniões da CPI do Transporte Coletivo que ocorre há um mês e meio na Câmara Municipal. O convite foi feito na noite desta quarta feira (21) por parlamentares que compõem a comissão e pelo presidente da Casa, vereador Paulo Salamuni (PV), em uma visita à sede da entidade. Os representantes do Legislativo Municipal foram recepcionados por Darci Piana, presidente da Fecomércio.
O vereador Jorge Bernardi (PDT), presidente da CPI, fez uso da palavra para expor as atividades desenvolvidas e as informações obtidas até o momento. Os trabalhos da CPI se orientam por quatro linhas investigativas distintas: indício de lucro excessivo por parte das empresas concessionárias, supostas irregularidades no procedimento licitatório, insuficiência de dados no que diz respeito à composição tarifária e maior compreensão quanto ao recolhimento do ISS por estas mesmas concessionárias, recuperou Bernardi. Para o vereador, também é necessário entender o papel desempenhado pela empresa Urbanização de Curitiba S/A (URBS) neste emaranhado de eventos e circunstâncias.
Darci Piana, presidente da Fecomércio, agradeceu o convite e destacou que a entidade vê com entusiasmo a iniciativa da Câmara Municipal. As empresas ligadas à Fecomércio são responsáveis por 64% do PIB gerado em Curitiba. Tais empresas empregam mais de 700 mil trabalhadores que se utilizam diariamente do transporte público. Considerando que os empresários custeiam as passagens de seus empregados, é natural que tenhamos interesse no tema e o franco desejo de que os fatos sejam esclarecidos do modo mais transparente possível, esclareceu Piana.
Muitos dados devem passar por avaliação, entre eles, os que dizem respeito à manutenção dos veículos utilizados no transporte público. Eles devem ser claros e compatíveis com o valor da tarifa, requisitou o presidente da Federação do Comércio do Paraná. Paulo Salamuni não integra a CPI, mas compareceu ao encontro para corroborar a importância da presença de um representante da Fecomércio nas audiências. O embasamento técnico tem sido a regra nas atividades investigativas realizadas por esta CPI e, nesse sentido, nada mais natural e em acordo com o interesse público, que a Fecomércio esteja presente, disse.