A Fitch afirma em relatório que as companhias de petróleo e gás da América Latina devem iniciar uma tendência de melhora a partir de 2021, recuperando-se de um ano atual “muito difícil”. A agência estima que o preço do barril do Brent subirá no próximo ano, para em média US$ 45, ou aproximadamente 10% acima da média esperada para 2020, “embora ainda bem abaixo dos níveis de 2019”.

Para a Fitch, a demanda pelos produtos do setor na região deve se recuperar, mas esse aumento na demanda é em boa parte ofuscado pela grande subutilização da capacidade instalada, pelo extenso período de estoques de petróleo elevados por causa da pandemia e por queda nos custos unitários em upstream (exploração, perfuração e produção).

Para seu portfólio de avaliações no setor, a Fitch espera que a perspectiva dos ratings continue negativa, diante de desafios macroeconômicos “duradouros” na região e em alguns casos de expectativa por deterioração no crédito. Essas perspectivas negativas na região no setor estão quase todas ligadas direta ou indiretamente aos ratings soberanos, lembra a agência.