Wilson Dias/Agência Brasil – “Flu00e1vio Bolsonaro: u201cEle deve esclarecer valoresu201d”

O senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) afirmou ontem que não fez “nada de errado” em relação à movimentação financeira de R$ 1,2 milhão de seu ex-assessor Fabrício Queiroz considerada atípica pelo Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf). Ele publicou o texto em sua conta no Facebook um dia após o pai, o presidente eleito Jair Bolsonaro, afirmar que “se algo estiver errado, que paguemos a conta”. A mensagem foi divulgada junto com uma imagem de uma matéria sobre a declaração.
“Mantendo nossa coerência de sempre, não existe passar a mão na cabeça de quem errou. Não fiz nada de errado, sou o maior interessado em que tudo se esclareça pra ontem, mas não posso me pronunciar sobre algo que não sei o que é, envolvendo meu ex-assessor”, disse ele.
Saques – A conta de Queiroz recebeu depósitos de dinheiro em espécie sempre após o dia de pagamentos na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alep). Ele realizava saques dias depois, caracterizando uma conta de passagem, na qual o real beneficiário do dinheiro não é o seu titular.
A suspeita é de que o policial militar fosse o responsável por recolher parte dos salários de servidores do gabinete de Flávio Bolsonaro, uma prática comum no Legislativo. O senador eleito, deputado estadual há 15 anos, nega o caso.
“A mídia está fazendo uma força descomunal para desconstruir minha reputação e tentar atingir Jair Bolsonaro. Basta ver como abordam a movimentação na conta de meu ex-assessor, como se ele tivesse recebido R$ 1,2 milhões, quando na verdade foram R$ 600 mil que entraram mais R$ 600 mil que saíram de sua conta. Ainda assim um valor alto e que deve ser esclarecido por ele”, afirmou.