Daniel Castellano / SMCS

Algumas técnicas da fotografia andam de mãos dadas com a ilusão de ótica. Nesta série do Olhar Curitiba, o fotógrafo da Prefeitura Daniel Castellano transforma a cidade em miniatura com o uso da técnica chamada de tilt-shift, fazendo com que pontos simbólicos da cidade pareçam pequenos.

Na galeria, Castellano "engana" nosso olhar e faz com que enxerguemos lugares como a Ópera de Arame, o Parque Barigui e a estufa do Jardim Botânico como se fossem pequenas representações de maquetes. Com as fotos tiradas a partir do uso de um drone, o templo da Praça do Japão parece ter sido construído com madeira balsa, usada na confecção de maquetes. Já o Memorial de Curitiba parece ter sido erguido com peças de Lego.

Veja algumas das fotos:

Tilt-shift

Nesta técnica, as imagens normalmente são registradas de cima para baixo, dando a impressão de que a câmera é maior que o objeto que está sendo fotografado.

A ilusão de ótica é alcançada quando o fotógrafo desfoca elementos grandes, como prédios, que se destacam na imagem. O olho humano não está acostumado com esse tipo de desfoque e assim, perdemos a noção de referencial e passamos a enxergar o elemento como se ele estivesse menor.

As cores também contribuem para o efeito. Quanto mais forte e vibrante for a coloração dos objetos, melhor o efeito.

Algumas máquinas fotográficas têm lentes que se movem especificamente para alcançar esse efeito. É daí que vem a origem do nome da técnica. O tilt é o movimento de rotação da lente, ou seja, para esquerda ou para direita sem mexer o corpo da câmera. Já o shift é o movimento que a lente faz paralelamente ao eixo da câmera, em outras palavras, de cima para baixo.