A Fundação Nacional do Índio (Funai) deslocou uma equipe para a região de Arame, município maranhense. A fundação vai investigar uma denúncia de que uma criança da etnia awá-guajá foi queimada por madeireiros na terra indígena Araribóia, entretanto, só irá se pronunciar oficialmente sobre o caso semana que vem, quando as investigações estiverem concluídas.

De acordo com o Cimi (Conselho Indigenista Missionário), o crime ocorreu entre setembro e outubro do ano passado. Em outubro, um índio da etnia guajajara encontrou o corpo da criança carbonizado em meio a um acampamento abandonado pelos Awás, a 20 km da aldeia. Ainda segundo o Cimi, os guajajaras suspeitam que madeireiros que atuam na região tenham atacado os índios e ateado fogo na criança.

O Cimi também afirma que os awá-guajá que ocupavam esse acampamento vivem isolados, e não foram mais vistos depois do suposto ataque. “Eram muitos. Agora desapareceram. Nesse período, os madeireiros estavam lá. Até para nós é perigoso andar, imagine para os isolados”, disse Luís Carlos Tenetehara, da aldeia Patizal.