Franklin de Freitas – Inflação foi mais severa em Curitiba e região em 2021

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) terminou o ano de 2021 com alta de 10,06%, acima dos 4,52% registrados em 2020. No que diz respeito aos índices regionais, a região metropolitana de Curitiba (12,73%) foi a que teve a maior variação em 2021, influenciada principalmente pela alta de 51,78% nos preços da gasolina.

Apesar do valor médio do litro da gasolina na Capital do Paraná estar entre as mais baixas, os suscessivos aumentos ao longo do ano passado também foram as mais altas entre as capitais.

No País, o resultado de 2021 foi influenciado principalmente pelo grupo Transportes, que apresentou a maior variação (21,03%) e o maior impacto (4,19 p.p.) no acumulado do ano. Na sequência vieram Habitação (13,05%), que contribuiu com 2,05 p.p., e Alimentação e bebidas (7,94%), com impacto de 1,68 p.p.

Juntos, os três grupos responderam por cerca de 79% do IPCA de 2021. Cabe mencionar ainda as variações acumuladas dos grupos Artigos de residência (12,07%) e Vestuário (10,31%). Este último havia sido o único grupo com deflação no ano anterior.

Justificativa — A pandemia de Covid-19, a elevação do preço global das commodities (bens primários com cotação internacional) e a crise hídrica foram responsáveis pela inflação estourar o teto da meta, justificou ontem o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto.

Por determinação legal, ele enviou uma carta ao ministro da Economia, Paulo Guedes, e ao Conselho Monetário Nacional (CMN) justificando a inflação oficial de 10,06% em 2021.

No ano passado, o IPCA atingiu quase o dobro do teto fixado pelo CMN. A meta de inflação oficial em 2021 estava em 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 p.p. para cima e para baixo.