Ao olhar para a quadra de treinos da seleção brasileira feminina de vôlei, a primeira reação pode ser de surpresa. Duas jogadoras idênticas, mas em lados opostos, fazem os exercícios propostos pelo treinador José Roberto Guimarães. As gêmeas Monique e Michelle vivem um ano diferente. Aos 26 anos, foram convocadas pela primeira vez para a seleção adulta, e os resultados já apareceram. Foram dois títulos, nos torneios de Montreux e Alassio, e uma boa participação nas primeiras fases do Grand Prix.

No momento, as duas estão em período de aclimatação no Japão com a equipe verde e amarela, em preparação para a Fase Final do Grand Prix, que começa no dia 28 de agosto, em Sapporo. As brasileiras estrearão na etapa decisiva contra os Estados Unidos. A partida terá transmissão ao vivo da TV Globo e do SporTV.

Monique e Michelle se acostumaram, ao longo dos anos, a serem confundidas uma com a outra. Unidas tanto no esporte quanto na vida pessoal, as duas receberam juntas a convocação para a seleção principal, uma realização pessoal de ambas. O momento foi ainda mais especial, pois Monique estava prestes a se casar.

“Sempre tive esse sonho de jogar pela seleção principal. Recebi a notícia quando estava na última semana de preparação para o meu casamento. Me apresentei, o Zé Roberto me liberou numa quarta-feira, e me casei em um sábado. Foi a maior correria, mas a convocação foi um grande presente. Foi mais perfeito ainda porque minha irmã também foi chamada. Quando nos falamos foi uma grande emoção”, contou Monique.

Michelle também se diz surpresa. Na hora da convocação, ajudava a irmã com os preparativos do casamento. Meus amigos começaram a me ligar. Foi uma surpresa e tanto. Sempre foi um sonho, afirmou a ponteira.

Monique comenta que a presença da irmã na seleção brasileira junto com ela apenas torna todo o processo ainda mais prazeroso.

Sobre o fato de ter sua irmã ao seu lado também na seleção brasileira, Monique garante que isso torna todo o processo ainda mais prazeroso. Somos muito unidas e poder estar vivendo isso com ela torna tudo ainda mais gratificante. Ficamos uma feliz pela outra. A Michelle é minha irmã e melhor amiga. Uma grande companheira dentro e fora de quadra”, afirmou a atacante. Opinião que parece bater com a de Michelle.

“O Grand Prix é uma competição longa. Ter uma pessoa da família por perto é sempre bom. Conversamos bastante sobre tudo e procuramos sempre nos ajudar. Sem ela por perto seria mais difícil. A Monique é uma pessoa muito tranquila e focada”, comenta.