NOVA YORK, EUA (FOLHAPRESS) – O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, aproveitou de sua fala nesta quarta-feira (15) em conferência do Itaú em Nova York para tentar atrair investidores estrangeiros ao estado.


Segundo Leite, nenhum negócio ainda foi fechado no Latam CEO Conference, que reúne, na cidade americana, empresas brasileiras e latino-americanas em busca de parceiros comerciais globais ;sua presença serviu para apresentar o estado e ganhar confiança dos investidores.


Com o objetivo de melhorar as contas gaúchas, o governador afirmou que seus planos de privatizações, concessões e investimentos podem chegar a R$ 9 bilhões.


Ele ressaltou que a Assembleia Legislativa acabou de votar para a retirada da exigência de plebiscito para a venda de estatais, o que facilitaria a privatização das companhias de energia elétrica, gás e de mineração. Além disso, ele planeja a concessão de rodovias, hidrovias, aeroportos, serviços públicos como sistema penitenciário e busca parcerias público-privadas em saneamento.


Leite diz que o plano de privatizações pode injetar R$ 3 bilhões no caixa do governo. Mais R$ 3 bilhões viriam da concessão de rodovias, que gerariam outros R$ 3 bilhões em investimentos.


O governo estuda conceder 750 km de rodovias à iniciativa privada.


Questionado sobre se a crise econômica do governo afetaria o aporte de fundos de investimento, afirmou que vê a situação como oportunidade, especialmente com a agenda de reformas e com o plano de recuperação fiscal que vem sendo acertado com o governo federal.


Citou também o plano de reforma da estrutura de carreira de servidores e reforma do sistema previdenciário.


“O estado vai muito além do governo. O estado tem uma economia vibrante, é a quarta maior economia do Brasil, tem a melhor universidade federal do Brasil segundo o MEC, tem os dois melhores parques tecnológicos do Brasil”, afirmou.


O governador está desde segunda-feira (13) encontrando com investidores em Nova York e segue viagem para Londres.


No mesmo evento desta quarta em Nova York, o economista-chefe do Itaú Unibanco, Mário Mesquita, disse que investidores “esperavam uma atividade mais forte neste ano”.


O economista acrescentou que “a atividade econômica tem vindo mais fraca do que todo mundo esperava”, e que há “certa preocupação com o fato de a economia não estar acelerando, apesar de ter saído de uma recessão muito profunda”.