Geraldo Bubniak/ANPR – Anúncio do início do ano letivo foi feito ontem em coletiva no Palácio Iguaçu

Uma das decisões mais esperadas durante a pandemia do novo coronavírus, a volta às aulas na rede pública estadual já tem data. Será no dia 18 de fevereiro de 2021. Mas ela virá com algumas adaptações.

O ano letivo de 2021 na Rede Estadual de Ensino do Paraná vai começar em 18 de fevereiro em formato híbrido. Ou seja, com parte dos alunos assistindo às aulas de forma presencial nas escolas, enquanto o restante dos estudantes acompanha, simultaneamente, a mesma aula de maneira remota. A intenção é que haja um revezamento semanal entre os estudantes dentro do próprio sistema.

A confirmação do calendário escolar foi feita pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, ontem, no Palácio Iguaçu. “Montamos um planejamento especial, com todos os cuidados necessários para que os alunos possam voltar às aulas presenciais de uma maneira segura. O retorno é um anseio da sociedade, pela volta da convivência no ambiente escolar”, afirmou. “É um modelo que garante qualidade e segurança para estudantes e professores”.

De acordo com o governador, a prioridade será dos alunos que não têm acesso à tecnologia em casa, como um computador ou aparelho de telefone celular – o Governo do Estado já subsidia atualmente, com a programação de ensino a distância, a internet de quem não tem condições de pagar por um provedor.

Quem não se enquadrar na categoria poderá seguir o modelo atual, com a impressão do material didático. Segundo dados da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte, cerca de 5% dos matriculados na rede se encontram nesta condição.

De acordo com a secretaria, os colégios estaduais vão adotar as medidas do protocolo de prevenção contra a Covid-19 elaborado pela Secretaria de Estado da Saúde, seguindo o mesmo modelo já usado no retorno de atividades extracurriculares no fim de outubro.

Entre outros itens, haverá medição de temperatura na entrada das escolas, uso obrigatório de máscara, distanciamento social respeitando o distanciamento de 1,5 metro entre alunos e disponibilização de álcool em gel dentro da escola. A capacidade da sala de aula também será reduzida a no máximo 50% da ocupação normal.

“Pensamos em salas de aulas com oito a dez alunos no máximo, seguindo fielmente os protocolos exigidos pela Secretaria da Saúde”, ressaltou o secretário de Estado da Educação e do Esporte, Renato Feder.

Paralelamente, um novo modelo de transmissão de aulas remotas será adotado. Cada sala de aula terá ainda ponto de acesso wi-fi e uma TV LED instalada em um suporte, conectada a um computador com acesso à internet e a uma câmera com microfone. Assim, o professor dará aula aos alunos que estão na sala ao mesmo tempo em que poderá ver e interagir com os que estão em casa, transmitindo a todos o mesmo conteúdo.

Autorização e Aula Paraná

A confirmação da presença dos alunos nas escolas será feita por pais ou responsáveis legais, que assinarão um documento autorizando a ida do estudante. Eles terão liberdade para aderir ou não ao modelo presencial. Profissionais do grupo de risco, por exemplo, estão liberados das atividades presenciais.

Formato adotado desde o início de abril, em virtude da pandemia da Covid-19, o Aula Paraná será mantido no começo do ano letivo, com os canais de TV aberta, Youtube, aplicativo e demais plataformas, como Google Classroom. Ele ficará à disposição tanto para os estudantes que precisam quanto para professores como suporte.

Rápida

Escolas Cívico-militares

O Estado seleciona policiais para atuar em colégios cívico-militares. O s militares poderão atuar como monitores ou diretores cívico-militares nas 199 unidades que serão implantadas em 2021. Os novos colégios funcionarão em 117 municípios. Remuneração varia de R$ 3 mil a R$ 3,5 mil. O programa seleciona 806 policiais da reserva.
Para concorrer à vaga de direto, os interessados deverão estar no posto/graduação entre 3º sargento e coronel. Para a função de monitor, podem se candidatar policiais com graduação entre soldado de 1ª Classe e subtenente.